O governo israelita decidiu este domingo que o país vai entrar em quarentena durante três semanas, devido ao aumento do número de casos de Covid-19 no país e ao risco de se atingir a capacidade máxima de resposta dos hospitais para combater a doença. A decisão foi noticiada no jornal israelita Haaretz.

A quarentena que restringirá a liberdade de circulação em Israel começará na próxima sexta-feira, 18 de setembro. O governo do país tinha também a intenção de encerrar as escolas já na próxima quarta-feira, dando fim às aulas presenciais, mas estas vão continuar abertas até dia 18, conciliando assim o final das aulas com o confinamento.

O risco de que os hospitais do país fiquem sobrelotados e o sistema de saúde não consiga dar resposta ao aumento do número de infetados e de doentes com Covid-19 foi assumido também este domingo, pelo centro de informação que monitoriza a evolução da propagação da pandemia no país, refere ainda o Haaretz. Esta entidade alertava ainda as autoridades políticas para o ritmo do aumento de infeções detetadas nas últimas duas semanas, o mais preocupante desde a chegada da pandemia ao país, e para a elevada percentagem — “uma das maiores do mundo” — de resultados positivos nos testes de diagnóstico realizados.

A decisão tomada pelo Governo liderado pelo primeiro-ministro Netanyahu de impor uma quarentena no país já provocou baixas no executivo: o ministro (com a pasta da Habitação e das Infraestruturas) ultra-ortodoxo Yaakov Litzman — até aqui aliado do PM israelita — decidiu demitir-se por discordar da opção tomada. Numa declaração citada pelos media locais, o ministro queixa-se de que a quarentena “impedirá centenas de milhares de judeus, de todos os setores, de rezar nas sinagogas” durante um período religioso e festivo que se avizinha.

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