O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, considerou esta sexta-feira que o atual volume de renovação dos comboios da CP “não tem precedentes na história da CP e da ferrovia em Portugal”.
Por acaso, temos a oportunidade de poder fazer, também, uma aposta em material circulante novo, como há muitas décadas não se compra, porque o volume de renovação de material circulante não tem precedentes na história da CP e da ferrovia em Portugal”, disse o governante, em declarações aos jornalistas.
Pedro Nuno Santos falava em Baião, distrito do Porto, à margem de uma reunião de trabalho sobre a construção da ligação rodoviária daquela vila do interior do distrito do Porto à Ponte da Ermida, sobre o rio Douro.
Questionado sobre a CP — Comboios de Portugal estar a preparar a compra de 129 novos comboios por mil milhões de euros, o ministro referiu que “essa notícia não decorre de nenhuma iniciativa do Governo, mas, de facto, o senhor primeiro-ministro já tinha anunciado que nós iríamos ter a possibilidade de adquirir 129 comboios para Portugal”.
“Nós temos estado, nos últimos tempos, a recuperar material circulante, que estava encostado, a comprar algum material circulante usado, porque precisamos urgentemente de aumentar as nossas ofertas, mas, verdadeiramente, as necessidades do país no que diz respeito a material circulante, comboios mais concretamente, é grande”, adiantou, reconhecendo que Portugal tem “um parque de material muito antigo” que precisa de renovar, mas não adiantou o valor da aquisição dos novos comboios
Esta sexta-feira o jornal Público noticiou que a CP se prepara para comprar 62 comboios suburbanos, 55 regionais e 12 composições de longo curso, num total de 129. Segundo o Público, “o valor deverá ascender aos mil milhões de euros, tendo em conta que um comboio suburbano ou regional tem atualmente um preço médio de 7,5 milhões de euros e que um comboio de alta velocidade oscila entre os 15 e os 20 milhões de euros”.
“Terão de ser lançados concursos internacionais e serão as empresas que ganharem os concursos que vão fornecer os comboios“, afirmou, salientando o interesse do Governo no sentido de que, “quem tenha incorporação nacional, possa ter a sua candidatura valorizada”.
“Dento do quadro da legislação europeia, vamos tentar aproveitar a oportunidade para que a indústria portuguesa possa participar”, reforçou.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação referiu, também, o trabalho que está a ser realizado para recuperar os comboios usados, indicando tratar-se de “um grande esforço que se está a fazer, ao fim de décadas em que não se investiu na ferrovia”.
“Nós temos estado a recuperar, nos últimos tempos, material circulante que estava encostado e a comprar algum material circulante usado, porque precisamos, urgentemente, de aumentar a nossa oferta”, observou Pedro Nuno Santos, destacando que, “verdadeiramente, as necessidades do país, no que diz respeito a material circulante, comboios mais concretamente, é grande”.