Os clubes profissionais de futebol, reunidos esta quarta-feira em assembleia geral, subscreveram uma declaração conjunta em que reclamam pelo “fim da discriminação em relação às demais atividades económicas” e em que solicitam “o regresso imediato do público aos estádios”.

O futebol profissional pretende que as autoridades de saúde aceitem o regresso imediato do público aos estádios de futebol, pois cada um deles foi vistoriado e aprovado pelas autoridades e cumprirá escrupulosamente as regras que a saúde pública impõe”, referem os clubes na declaração conjunta.

Os clubes da I e II Liga reiteram ainda “total e absoluta disponibilidade para continuar a promover as campanhas que levam aos cidadãos de todo o país a informação necessária para o combate à Covid-19″ e defendem que “o futebol não existe sem público” e não abdicam desse direito”.

Na declaração conjunta, os clubes/sociedades desportivas recordam ainda que “o futebol tem sido um exemplo na prevenção dos comportamentos de risco e na promoção dos bons comportamentos no combate à pandemia de Covid-19″.

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Isso ficou bem demonstrado pelos clubes da II Liga que aceitaram não completar a competição suspensa em virtude da pandemia e pelos clubes da I Liga que assumiram os graves custos impostos pelo plano de testagem”, refere a nota.

A estas situações os clubes somam “as campanhas de sensibilização dentro e fora de campo” e, sem pretender “reclamar o prémio correspondente”, exigem apenas “um tratamento paritário com as demais atividades, designadamente da área dos espetáculos não desportivos”.

“Desde logo porque o futebol espetáculo depende da presença do público e a própria sustentabilidade das sociedades desportivas profissionais — empresas dispersas por todo o país e empregadores de referência nas suas comunidades — depende do regresso progressivo e cauteloso do público aos estádios”, referem.

A declaração conjunta foi divulgada no final da assembleia geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), em que foi aprovado por unanimidade o Relatório e Contas do exercício de 2019/20, que apresenta um resultado líquido de 1,260 milhões de euros, e ratificado o novo edifício sede.