O Ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, anunciou esta quinta-feira, no parlamento, que irão sair 1.600 trabalhadores do grupo TAP até ao final do ano, tendo já saído 1.200 colaboradores.

O governante, em audição na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, desmentiu dados apresentados pelo Bloco de Esquerda, que apontou a saída de 1.500 tripulantes da TAP, referindo que isso seria 80% da força laboral e garantindo que os 1.600 trabalhadores que irão sair são de todo o grupo e não apenas da companhia aérea.

“Não podemos manter artificialmente uma dimensão que não tem adesão ao mercado em que estamos hoje a operar”, explicou, salientando que isso “implica que no processo de reestruturação seja feito o redimensionamento” da companhia.

Não podemos manter emprego que depois não tem trabalho”, rematou.

Rotas da TAP criadas no Porto “são neste momento um prejuízo” para a companhia

As quatro rotas criadas no aeroporto do Porto, depois de o Estado “tomar uma posição mais assertiva” na TAP, “são neste momento um prejuízo” para a companhia aérea, garantiu esta quinta-feira o ministro das Infraestruturas e da Habitação.

Na mesma audição no parlamento, Pedro Nuno Santos disse que as quatro rotas criadas no aeroporto do Porto recentemente, para Amesterdão, Milão, Zurique e Ponta Delgada estão com “46% da lotação em média” e são “neste momento um prejuízo para a TAP”.

O ministro revelou ainda que está a ser estudado o reforço da frota da TAP Express/Portugalia, para operar, a partir de Porto e Faro, para outros aeroportos da Europa, em “ligações ponto a ponto”, para tentar que a TAP seja “mais competitiva”, nomeadamente face às companhias aéreas “low-cost”.

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