Otmar Szafnauer, diretor desportivo da escuderia Racing Point, admitiu esta sexta-feira ter recebido um aviso por parte da Federação Internacional do Automóvel sobre as suas obrigações depois de o teste positivo do piloto Lance Stroll não ter sido comunicado.

O piloto canadiano testou positivo depois do Grande Prémio de Eifel de Fórmula 1, há duas semanas, no qual foi substituído pelo alemão Nico Hulkenberg. A FIA exige que as equipas informem de cada teste positivo, mas a Racing Point não o fez durante mais de uma semana.

Em conferência de imprensa realizada esta tarde, no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, onde este fim de semana decorre o GP de Portugal, Szafnauer garantiu que a equipa avisará “imediatamente” se voltar a haver um caso positivo. No entanto, garantiu que recebeu da FIA uma “recordatória” e “não uma advertência”.

Já o diretor da McLaren, cuja equipa teve casos positivos de Covid-19 esta temporada, criticou a demora da Racing Point em comunicar o positivo de Stroll, dizendo que “parece não ter havido transparência imediata”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O norte-americano Zack Brown disse também que Stroll deveria ter sido testado no mesmo dia em que teve sintomas.

O canadiano Lance Stroll (Racing Point) anunciou na quarta-feira que esteve infetado com o novo coronavírus.

“Quero que todos saibam que eu testei positivo à Covid-19 depois do fim de semana do Grande Prémio de Eifel [em 11 de outubro]”, escreveu o piloto, na sua conta oficial no Twitter. Na mesma publicação, Stroll, de 21 anos, diz que teve resultados negativos nos testes ao SARS-CoV-2 nos testes anteriores à corrida, em Nurburgring.

“Na manhã de sábado [10 de outubro], comecei a não me sentir bem e com dor de estômago. Segui o protocolo da FIA [Federação Internacional do Automóvel], isolei-me e não voltei ao ‘paddock’. Não estava preparado para correr, por isso viajei para casa no domingo de manhã. Como não me sentia ainda bem, fiz um teste à noite”, explicou. Este teste confirmou a infeção e Stroll assegurou ter estado em “auto-isolamento durante 10 dias”.

“Felizmente, os meus sintomas foram muito ligeiros. Entretanto, voltei a fazer um teste na segunda-feira desta semana e o resultado foi negativo. Sinto-me em grande forma e não posso esperar por voltar à equipa e correr em Portugal”, rematou.

Stroll, que foi substituído pelo alemão Nico Hulkenberg no Grande Prémio de Eifel, é atualmente o nono classificado da classificação de pilotos, com 57 pontos, menos 173 do que o líder, o britânico Lewis Hamilton (Mercedes).