O plano de tesouraria da TAP para 2020, que estabelece as necessidades financeiras da empresa no quadro do empréstimo concedido pelo Estado, revela que a empresa tem precisado de mais de 100 milhões de euros por mês, em média, para suprir as necessidades de liquidez.

O documento, com a chancela do Ministério das Finanças, foi entregue à comissão parlamentar de orçamento e finanças esta semana depois de um pedido formal da Iniciativa Liberal. A informação chegou com o selo de confidencial, é muito escassa e nem toda legível. Ainda assim, o documento foi consultado pelo Observador e daí foi possível concluir que o ritmo das necessidades de liquidez da TAP tem sido de 120 milhões de euros por mês, em média, desde maio, quando se começou a esgotar a caixa da transportadora aérea. A empresa foi duramente atingida pelos efeitos da pandemia logo a partir do final de março com a paragem quase total das operações em abril.

Também é possível perceber que as necessidades de liquidez da TAP até ao final deste ano esgotam praticamente o empréstimo concedido pelo Estado e autorizado pela Comissão Europeia. Esta indicação já tinha sido aliás dada pela equipa das Finanças durante a apresentação da proposta de Orçamento do Estado para justificar a inclusão de uma garantia do Estado de 500 milhões de euros com destino à TAP no próximo ano.

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