A Fitas & Essências, controlada por Stéphane Rodolphe Picciotto, já detém 3% da Media Capital, tal como a DoCasal Investimentos (DCI), da apresentadora Cristina Ferreira, com 2,5%, na sequência da saída da Prisa, anunciou esta terça-feira a dona da TVI.

O grupo espanhol Prisa concluiu esta terça-feira a venda da totalidade da sua participação na Media Capital, ao vender os restantes 21,2% que detinha na dona da TVI através da Vertix, por 12,1 milhões de euros.

Prisa conclui venda da totalidade da participação na Media Capital

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Em comunicados enviados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a Media Capital dá conta das participações qualificadas da Fita & Essências e da DCI.

A sociedade Fitas & Essências Lda, de que sou o único gerente, adquiriu em 02 de novembro de 2020 um total de 2.535.395 ações escriturais e nominativas emitidas pela sociedade grupo Media Capital e inerentes direitos de voto, as quais representam, no seu conjunto, 3% do respetivo capital social”.

“As ações foram adquiridas à sociedade Vertix SGPS” na sequência de um acordo de compra e venda de ações comunicado em 10 de setembro, refere ainda a Fitas & Essências.

Num outro comunicado, a DoCasa Investimentos Lda comunica que “foi concretizada em 2 de novembro de 2020 a aquisição, por si (como compradora), das ações objeto do shares sale and purchase agreement celebrado em 04 de setembro de 2020, cuja celebração foi feita entre a DCI e a Promotora de Informaciones (Prisa) e a Vertix.

Esta aquisição, através de compra e venda particular, teve por objeto 2.112.830 ações representativas de 2,5% do capital social e direitos de voto da Media Capital, correspondendo assim à aquisição, nos termos legais, de uma participação qualificada, nesse montante, por parte da DCI, enquanto titular das referidas ações e direitos de voto inerentes”.

“Uma vez que a DCI é detida maioritariamente pela sua sócia Cristina Maria Jorge Ferreira [atual diretora de ficção e entretenimento da TVI], a referida participação qualificada da DCI é igualmente imputável (…) à referida sócia, por conta de quem esta comunicação é igualmente efetuada”, lê-se no documento.

A conclusão da alienação da sua posição na dona da TVI acontece cerca de dois meses depois (4 de setembro) da Prisa ter anunciado a venda da sua participação na Media Capital a uma “pluralidade de investidores”.

Com a concretização da venda, a Media Capital tem vindo a anunciar as participações de vários investidores, onde constam o grupo Triun, de Paulo Gaspar, filho do presidente da Lusiaves, que comprou na segunda-feira 23% da empresa, mais 3% do que tinha sido anteriormente divulgado.

Também na segunda-feira foi comunicado que a Biz Partners concretizou a compra de 11,9% da Media Capital, mas sem o grupo industrial Tensai na sua estrutura acionista, ao contrário do que tinha sido divulgado em setembro.

A Biz Partners passou então a deter 10.118.339 ações do capital social da dona da TVI, o que corresponde a uma participação qualificada de 11,9725% no capital social e direitos de voto desta referida sociedade.

A sociedade é agora dominada pela Hiper Go, com 33,4% que “tem como beneficiário efetivo Miguel Maria Bragança Cunha Osório Araújo”, refere o comunicado enviado na segunda-feira.

Segue-se a IBG – International Business Group Portugal – SGPS, S.A. (Zona Franca da Madeira), a Castro Group, com 16,7%, a Capitais Privados (16,4%), a Regimidia, de Tony Carreira, com 8,3% e, com igual participação, a Benecar.

Em maio, a Prisa tinha reduzido a sua posição de 94,69% para 64,67% na Media Capital, através da Vertix [empresa detida integralmente pelo grupo espanhol], na sequência da entrada do empresário Mário Ferreira na dona da TVI.

Através da Pluris Investments, Mário Ferreira passou a deter 30,22% da Media Capital, numa operação de 10,5 milhões de euros.