É a notícia que está a chocar o mundo do futebol esta terça-feira. Ryan Giggs, atual selecionador do País de Gales, foi detido na noite do passado domingo devido a uma queixa de violência doméstica por parte da namorada. O antigo jogador do Manchester United, que foi libertado depois do pagamento de uma fiança, já negou todas as acusações e os representantes de Giggs garantem que este está a “cooperar com as autoridades”.

Em comunicado, segundo a BBC, a polícia de Manchester revelou que foi chamada por queixas de distúrbios numa residência em Worsley, Salford, pouco depois das 22h de domingo, acrescentando que uma mulher na casa dos 30 anos “sofreu ferimentos ligeiros e não precisou de tratamento hospitalar”. Entretanto, a Federação do País de Gales cancelou uma conferência de imprensa que estava agendada para esta terça-feira e onde Giggs iria revelar a convocatória para os próximos compromissos internacionais, confirmando que tem conhecimento de um “alegado incidente que envolve o selecionador nacional”.

A verdade é que, apesar de a notícia ter apanhado de surpresa o mundo do futebol, esta não é a primeira vez que Ryan Giggs está envolvido num escândalo relacionado com a própria vida pessoal. Depois de se divorciar em 2017 ao fim de dez anos de casamento, de onde resultaram dois filhos, foi revelado que o antigo jogador manteve durante oito anos uma relação extra-conjugal com a mulher do irmão. De lá para cá, os elementos da família do agora selecionador galês cortaram todas as ligações que tinham com Giggs e em 2018, quando este assumiu o comando da seleção nacional, o pai (Danny Wilson, antigo jogador internacional de râguebi) chegou a dizer que tinha “vergonha” do filho e que nem conseguia “proferir o seu nome”.

Ryan Giggs, atualmente com 46 anos, até começou a jogar no Manchester City enquanto criança mas aos 14 anos já fazia parte dos quadros do Manchester United, clube onde acabou por se tornar uma autêntica lenda. Nunca representou outro emblema e ao longo de 24 anos — onde o próprio percurso se confunde com o de Alex Ferguson — conquistou 13 Premier Leagues, quatro Taças de Inglaterra, duas Ligas dos Campeões e um Mundial de Clubes, para além de outras dezenas de títulos internos. Tornou-se um grande símbolo em Old Trafford, assim como na seleção do País de Gales, da qual foi capitão durante diversos anos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR