A Polícia Metropolitana de Londres deteve quase 200 pessoas na sequência de protestos anti-confinamento realizados na quinta-feira, quando entraram em vigor as restrições destinadas a travar a pandemia Covid-19, revelou esta sexta-feira.
De acordo com a força policial, 189 pessoas poderão ser multadas em 200 libras (221 euros) por desrespeito das regras que determinam que só devem sair de casa para trabalhar, fazer exercício, compras essenciais ou consultas médicas. Um dos organizadores do protesto, realizado no centro da capital britânica, poderá ser multado em 10 mil libras (11 mil euros).
De acordo com o jornal londrino Evening Standard, entre os manifestantes, a maioria sem máscara, estava Piers Corbyn, irmão do antigo líder trabalhista Jeremy Corbyn, o qual já terá sido multado noutras ocasiões com a multa máxima.
Os agentes [de polícia] explicaram muito claramente as regras e, infelizmente, várias pessoas comportaram-se deliberadamente para ignorar a orientação. Por causa disso, foram tomadas medidas firmes e foi feito um grande número de detenções. Não toleraremos estas violações perigosas das regras”, disse o comissário adjunto, Matt Twist, em comunicado.
Inglaterra iniciou na quinta-feira um segundo confinamento nacional que vai durar quatro semanas e que determina o encerramento de todo o comércio não essencial e atividades como ginásios e cabeleireiros, enquanto que bares e restaurantes só podem vender para fora.
As pessoas são obrigadas a ficar em casa e só podem socializar com no máximo uma pessoa de outro agregado familiar ao ar livre num espaço público. No entanto, ao contrário do confinamento anterior, escolas e universidades continuam em pleno funcionamento.
Na quinta-feira, o Reino Unido registou 378 mortes de Covid-19 e 24.141 novas infeções, contra 492 mortes de covid-19 e 25.177 novos casos no dia anterior. O total acumulado desde o início da pandemia no Reino Unido é agora de 1.123.197 contágios confirmados e de 48.120 mortes de pessoas infetadas, mas o balanço aumenta para 60.051 quando se incluem todos os casos cuja certidão de óbito refere Covid-19.