O funeral do artista e poeta surrealista Cruzeiro Seixas, que morreu no domingo, realiza-se na terça-feira, em Lisboa, informou esta segunda-feira a Fundação Cupertino de Miranda.

De acordo com a mesma fonte, o velório do artista vai decorrer no Teatro Thalia, nas Laranjeiras, entre as 10h30 e as 15h.

O funeral segue depois para o Cemitério dos Prazeres, numa cerimónia restrita e com entrada de público limitada, devido às restrições impostas pela pandemia, e em consonância com as regras da Direção-Geral da Saúde.

Cruzeiro Seixas, um dos nomes fundamentais do Surrealismo em Portugal, é autor de um vasto trabalho no campo do desenho e pintura, mas também na poesia, escultura e objetos/escultura. Em outubro tinha sido distinguido com a Medalha de Mérito Cultural, pelo “contributo incontestável para a cultura portuguesa”, ombreando, com Mário Cesariny, Carlos Calvet e António Maria Lisboa, como um dos nomes mais relevantes e importantes do Surrealismo em Portugal, desde finais dos anos 1940.

Cruzeiro Seixas, cuja obra está representada em coleções como as do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Cupertino de Miranda, faria cem anos a 3 de dezembro.

Artur do Cruzeiro Seixas, nascido na Amadora em 3 de dezembro de 1920, doou a sua coleção em 1999 à Fundação Cupertino de Miranda, em Vila Nova de Famalicão, onde está situado o Centro Português de Surrealismo e patente uma exposição permanente com as obras do autor.

Atualmente estavam em curso várias iniciativas que assinalariam os 100 anos de aniversário do artista plástico, nomeadamente exposições na Biblioteca Nacional de Portugal e da Perve Galeria, em Lisboa, ambas patentes até dezembro, e a edição da obra poética de Cruzeiro Seixas, iniciada em junho e que se estenderá até 2021.

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