A Direção Nacional da PSP assumiu esta terça-feira em comunicado estar preocupada com a “falta de atratividade da função policial”, o que se notou no concurso que está agora a terminar sem as vagas todas preenchidas. E admitiu que este processo de recrutamento e seleção para o 16.º Curso de Formação de Agentes foi adaptado por causa da pandemia e que até houve uma majoração na avaliação física, porque os candidatos não puderam treinar como fariam em condições normais.

Segundo o comunicado, neste processo não foi “possível preencher todas as vagas disponíveis”. “Devido a vários motivos, indicia alguma falta de atratividade da função policial que urge recuperar e que a PSP tudo fará para conseguir “, lê-se.

Salário muito baixo e outras razões afastam candidatos à carreira de polícia

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Antes de assumir esta preocupação, no entanto, a PSP esclareceu que este curso de agentes, cuja próxima fase decorrerá na Escola Prática de Polícia, foi adaptado ao “contexto pandémico”, reconhecendo que o confinamento de pessoas e o encerramento de diversas infraestruturas desportivas nos últimos meses “dificultou e limitou a preparação física dos candidatos”.

Por isso, o júri do concurso decidiu “propor a introdução de um fator de majoração na avaliação das provas físicas prestadas por todos os candidatos, antes do início das mesmas”, o que foi autorizado pelo diretor nacional da PSP, Magina da Silva.

“Para além do fator de majoração referido, os critérios de seleção e as provas prestadas pelos candidatos não sofreram qualquer alteração ou beneficiação, relativamente ao regulamento de acesso ao CFA, nomeadamente no referente à prova designada ‘Prova cultural'”, garante a PSP.