Nos próximos dois anos, o Instituto da Segurança Social deverá perder 700 trabalhadores para a reforma, segundo uma estimativa apresentada pela vice-presidente daquele organismo, Catarina Marcelino, à Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP), numa reunião, na quarta-feira. A federação considera que é a falta de pessoal que está na origem dos “atrasos que se verificam atualmente na atribuição e no pagamento de prestações e apoios sociais a empresas, a trabalhadores e às famílias”.
O Instituto da Segurança Social tem atualmente cerca de 8 mil trabalhadores, dos quais 3.400 estão ou em teletrabalho ou em equipas de trabalho em espelho (em que se alterna entre trabalho presencial e remoto) devido à pandemia, refere a federação. Mas já contou com um total de 14 mil funcionários nos quadros, aponta.
Tendo já contado com sensivelmente 14 mil trabalhadores, o ISS tem hoje cerca de 8 mil trabalhadores (dos quais aproximadamente 3400 estão em teletrabalho e/ou inseridos em equipas de trabalho em espelho), num quadro de pessoal envelhecido e no qual, de acordo com os dados fornecidos, estima-se que, nos próximos dois anos, se aposentarão cerca de 700 trabalhadores”, refere, em comunicado.
A Segurança Social integrou, este ano, 150 novos assistentes técnicos via recrutamento externo e o concurso para a contratação de 50 técnicos superiores está em fase de conclusão. Mas, para a FESAP, estes reforços são “manifestamente insuficientes para suprir o grave problema de falta de pessoal do Instituto, numa altura em que é ainda desconhecido quantos trabalhadores poderão vir a ser admitidos, tanto nos serviços centrais como nos serviços distritais, em particular nos do interior do país, tendo em vista a melhoria da resposta da Segurança Social”.
Além do reforço de pessoal, a federação defende que seja atribuído um suplemento remuneratório aos funcionários que tratam dos processos de incumprimento de pagamentos à Segurança Social, tal como foi é feito na Secção de Processos do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS). E que haja um reforço da mobilidade entre órgãos e serviços e intercarreiras.