Um pedido de aprovação de emergência da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Pfizer e a BioNTech deve ser esta sexta-feira apresentado nos Estados Unidos, anunciou o Governo americano.

“O parceiro da Pfizer, BioNTech, anunciou que pretende apresentar amanhã um pedido de emergência para aprovação junto da FDA (Food and Drug Administration)”, a agência federal responsável pelo controlo e supervisão do setor alimentar e farmacêutico, disse o secretário da Saúde dos EUA, Alex Azar, numa conferência de imprensa na Casa Branca.

Alex Azar disse ter a expetativa que a Modena “faça também esse pedido em breve”, referindo-se a outra empresa dos EUA em vias de desenvolver e distribuir uma vacina contra o novo coronavírus.

Uma licença de emergência é uma licença temporária ou concedida sob condições para responder a uma situação urgente, como uma pandemia. Pode ser revogada ou modificada se surgirem novos dados sobre eficácia ou segurança.

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As declarações do secretário da Saúde vêm confirmar as já proferidas pelos executivos de ambas as empresas.

“Os documentos serão finalizados esta sexta-feira ou amanhã e submetidos à FDA”, disse na quinta-feira o CEO da BioNTech, Ugur Sahin, à AFP.

O CEO da entidade parceira, a Pfizer, tinha dito na terça-feira que muito em breve seria apresentado um pedido de aprovação nos Estados Unidos.

A Pfizer, gigante farmacêutico americano, e a BioNTech, uma empresa alemã de biotecnologia, anunciaram na quarta-feira que a sua vacina é 95% eficaz na prevenção da Covid-19, de acordo com os resultados do seu ensaio clínico.

A FDA não adiantou quanto tempo levará a analisar os dados sobre a eficácia e segurança das vacinas, os dois principais critérios.

O responsável científico da Operação “Velocidade Warp”, Moncef Slaoui, que o Presidente, Donald Trump, criou para vacinar a população americana, disse na segunda-feira que a “luz verde” provavelmente surgiria em dezembro.

Na quinta-feira também a Comissão Europeia frisou que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) poderá dar uma primeira autorização comercial às vacinas para a Covid-19 desenvolvidas pela BioNTech e Pfizer e pela Moderna na segunda metade de dezembro.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.350.275 mortos resultantes de mais de 56,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.