Donald Trump estará mais perto de reconhecer a derrota nas eleições presidenciais dos EUA e, segundo o The Washington Post, já disse a pessoas próximas que ainda antes do final do ano irá anunciar uma candidatura as eleições de 2024. A notícia do jornal norte-americano saiu no mesmo dia em que um juiz federal na Pensilvânia recusou invalidar a contagem dos votos que foi feita naquele estado decisivo, em mais um golpe para as aspirações de Trump de combater a vitória de Joe Biden nos tribunais.
O juiz recusou invalidar cerca de sete milhões de votos antecipados (enviados por correio) por achar que não há provas de irregularidades. O advogado de Trump, Rudy Giuliani, já indicou que irá recorrer desta decisão para um tribunal superior, que fica apenas um grau abaixo do Supremo Tribunal dos EUA – e o objetivo da campanha de Trump é chegar até ao Supremo Tribunal, onde o magnata nomeou três juízes no seu mandato, incluindo Amy Coney Barrett, que tomou posse a poucos dias da eleição após a morte de Ruth Bader Ginsburg.
Ao mesmo tempo que este juiz se pronunciava sobre os votos da Pensilvânia, o The Washington Post noticiava que Trump já está mais próximo de reconhecer que irá abandonar a Casa Branca em janeiro. Antes disso, porém, Trump poderá avançar (ainda antes do final de 2020) com uma candidatura presidencial para 2024 que poderá ser uma desforra contra Joe Biden, caso Trump volte a conseguir a nomeação republicana e caso Biden volte a candidatar-se em 2024.
Para que o plano possa funcionar, porém, Donald Trump está a planear com os seus conselheiros uma estratégia para continuar “omnipresente” na política norte-americana e nos meios de comunicação social, ao longo destes quatro anos. Neste período, Trump deverá dedicar-se a participar em eventos empresariais (pagos) e vender bilhetes para comícios, ao mesmo tempo que tentará ser presença assídua nas televisões, com ou sem remuneração. A escrita de um livro para tentar “ajustar contas” com o partido democrata também estará em cima da mesa mas não parece provável, porém, que Trump tente mesmo fundar um grupo de comunicação social, como se chegou a admitir nos dias antes e depois da eleição.