O Conselho Europeu de Investigação atribuiu bolsas a 11 investigadores portugueses, seis dos quais a trabalhar em instituições nacionais, anunciou esta quarta-feira o Conselho, que destacou uma investigação sobre vírus no Instituto Gulbenkian de Ciência.
O anúncio dos vencedores de bolsas do Conselho Europeu de Investigação (ERC na sigla original) foi esta quarta-feira feito, tendo um projeto de investigação liderado por Maria João Amorim, no Instituto Gulbenkian de Ciência, recebido uma bolsa de 2,87 milhões de euros, para cinco anos.
O projeto LOFlu, sobre o vírus da gripe “irá abrir caminho a novas estratégias antivirais”, e os resultados do estudo poderão “proporcionar novos meios para limitar as infeções e contribuir também para a investigação de biomedicina” e de questões relacionadas com doenças neurodegenerativas e alguns cancros, diz-se num comunicado da representação da Comissão Europeia em Portugal.
Segundo os resultados esta quarta-feira divulgados pelo ERC, foram também selecionados outros cinco investigadores em instituições portuguesas: Ana João Rodrigues da Universidade do Minho, Miguel Carneiro do Instituto de Ciências, Tecnologias e Agroambiente da Universidade do Porto, Patrícia Vieira do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, e Raquel Oliveira e Ricardo Henriques da Fundação Calouste Gulbenkian.
Foram ainda selecionados mais cinco investigadores portugueses, mas que estão a trabalhar em centros de investigação noutros países da União Europeia.
Os projetos de investigação são financiados através do programa de investigação e inovação Horizonte 2020.
De acordo com os resultados agora divulgados 37% dos apoios foram concedidos a mulheres, segundo a Comissão Europeia a percentagem mais elevada desde o início deste regime de subvenções.
Globalmente, a taxa de sucesso das mulheres foi de 14,5 % e a dos homens de 12,6 %”, diz a Comissão, segundo a qual a ronda de bolsas “deverá criar mais de 2.000 postos de trabalho para pós-doutorados, doutorandos e outro pessoal que trabalhe na equipa de investigação dos bolseiros”.
Ao todo o ERC distinguiu 327 investigadores em 23 países, com um apoio total de 655 milhões de euros. A Alemanha e o Reino Unido com 50 bolsas cada, a França com 34 e a Holanda com 29 foram os países com mais atribuições.