O PSD pediu que o coordenador do plano de vacinação contra a Covid-19, Francisco Ramos, seja ouvido todos os meses no parlamento, enquanto durar esta operação em Portugal.

No requerimento, entregue esta quarta-feira na Assembleia da República, os deputados sociais-democratas propõem que a audição parlamentar mensal seja conjunta entre a Comissão de Saúde e a Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença Covid-19.

O objetivo, justificam, é possibilitar ao parlamento “um adequado e regular acompanhamento institucional do processo de operacionalização da vacinação”.

Os sociais-democratas referem que a task force para a elaboração do plano de vacinação vai assegurar “aspetos determinantes da vacinação contra a Covid-19, designadamente em matéria de estratégia de vacinação, de plano logístico, do processo informático de suporte e do plano de comunicação com a população”.

O mandato da task force tem a duração de seis meses, renovável em função do progresso da operacionalização da vacinação.

No início de dezembro, a task-force criada pelo Governo para coordenar o plano de vacinação contra a Covid-19 apresentou a primeira versão do documento, em que prevê três fases em 2021.

A vacina contra a Covid-19 será universal, gratuita e facultativa, e será disponibilizada à população de acordo com as características aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento.

Segundo a ministra da Saúde, Marta Temido, Portugal vai comprar mais de 22 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, no âmbito dos acordos entre seis farmacêuticas e a União Europeia, o que representa um custo de 200 milhões de euros.

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Estão previstas três fases para a execução do plano de vacinação contra a covid-19 em 2021 que vão acompanhar o ritmo de disponibilização das vacinas, sendo expectável que nos primeiros meses ainda haja alguma escassez.

Os primeiros grupos prioritários são as pessoas com mais de 50 anos com patologias associadas, residentes e trabalhadores em lares, e profissionais de saúde e de serviços essenciais (forças armadas, forças de segurança e serviços críticos), o que representa, no total, 950 mil pessoas.

Por grupo, são 250 mil em lares e unidades de cuidados continuados, 400 mil com mais de 50 anos e comorbilidades associadas e 300 mil profissionais.

Na segunda fase, ou seja, a partir de março ou abril e até junho ou julho, serão vacinadas 1,8 milhões de pessoas com mais de 65 anos e cerca de 900 mil com patologias associadas e mais de 50 anos.

Portugal contabiliza pelo menos 5.733 mortos associados à covid-19 em 353.576 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

O país está em estado de emergência desde 09 de novembro e até 23 de dezembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.