A Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB) afirmou esta segunda-feira que perante um novo confinamento “é grande a expectativa e a apreensão das empresas e empresários”.

“Atendendo às debilidades próprias da região, aos custos de contexto e da interioridade, é expectável que haja grande contração das atividades, provocando efeitos secundários colaterais, até do ponto de vista social, ainda não possíveis de quantificar”, explicou à agência Lusa o presidente da AEBB, José Gameiro.

Este responsável recordou as palavras de António Costa aquando do primeiro confinamento: “Foi o próprio senhor primeiro-ministro que referiu que o país não aguentaria um segundo confinamento”.

“Eis que chegámos ao segundo confinamento, sob ameaça de um terceiro, ou da sua extensão intemporal, enquanto durar a pandemia [Covid-19]”, disse.

Do ponto de vista empresarial, José Gameiro entende que a ajuda às empresas deve ser acelerada e defendeu ajudas diretas e de capital, a algumas empresas, dependendo dos setores, enquadramento regional, postos de trabalho e relevância do ambiente em que estão inseridas.

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Defendeu ainda a conversão “das moratórias de impostos, em abatimentos nos mesmos, de forma que as empresas não se vejam, no futuro, aquando da retoma da normalidade, a braços com uma dívida impagável”.

O presidente da AEBB sublinhou que é preciso rever as condições de funcionamento da restauração, “depois das medidas já implementadas por cada unidade e das medidas seletivas de cada cliente, na escolha de estabelecimentos de confiança” e o “contexto em que o confinamento é obrigatório e o conjunto das atividades permitidas ou proibidas”.

“Tendo em conta o tempo que decorre da gestão dos efeitos da pandemia, desde o seu início e estando perante um novo confinamento, é grande a expectativa e apreensão das empresas e empresários em relação aos efeitos futuros”, conclui.