José Maria Ricciardi rejeita qualquer envolvimento em movimentos financeiros da sua família que terão sido efetuados um mês antes da resolução do Banco Espírito Santo (BES). A revista Sábado noticiou que terá participado em transferências de vários milhões de euros, referindo que teria tido a ajuda de um antigo líder do Deutsche Bank.
“Não tive qualquer conhecimento nem participei nos movimentos da minha família relatados na notícia. Nada tenho a ver com isso. A notícia tem objetivos inconfessáveis para atingir deliberadamente a minha pessoa. É uma absoluta fantasia”, diz.
Os factos em questão dizem respeito a um inquérito aberto aos movimentos que a sua irmã (Filomena Ricciardi) e o seu pai (António Ricciardi) terão feito meses antes da derrocada do BES, que ocorreu em agosto de 2014 e no qual a família Espírito Santo era o principal acionista português. Um dos movimentos de Filomena Ricciardi, efetuado em julho de 2014, prendeu-se com 1,2 milhões de dólares (cerca de 900 mil euros à epoca) que foram transferidos do BES para uma agência do Barclays no Estoril.
José Maria Ricciardi foi chamado como testemunha ao inquérito que visava Filomena Ricciardi por suspeitas de branqueamento de capitais, fraude fiscal e burla. A irmã de José Maria acabou por constituída arguida em 2014 mas o inquérito foi arquivado por falta de provas. “Nunca participei nos factos que foram objeto de inquérito” afirma o ex-líder do BESI, acrescentando que “não pertenço a nenhum clã Ricciardi porque ele não existe.”