Nuno Melo admite vir a ser candidato à liderança do CDS em 2022. Num momento em que se discute a possibilidade de convocar eleições internas antecipadas, o eurodeputado garante que não se vai opor à realização de um Congresso Extraordinário, mas sugere que preferia outro calendário.

Em entrevista ao Público e à Rádio Renascença, que pode ler aqui e aqui, Nuno Melo explica que Adolfo Mesquita Nunes “tem toda a legitimidade para pedir um congresso antecipado”. E se a vontade da maioria do partido for essa, não será ele a colocar obstáculos.

Adolfo Mesquita Nunes pede eleições internas no CDS. “Esta direção não será capaz”

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“Não me oporia a esse congresso. Ou temos um congresso antecipado e uma disputa que já se entendeu que terá o Adolfo como candidato — eventualmente o Francisco e outros que apareçam — e o pôr tudo em cima da mesa pode ser quase catártico. Se acontecer um congresso antecipado, se for vontade dos congressistas, dos militantes, que a liderança seja discutida”, diz.

Se nada mudar e se o calendário se mantiver, diz, aí não há dúvidas: “Eu próprio não excluo, se o congresso for em 2022, ser candidato se nada se alterar. Se, em 2022, fizer sentido uma mudança de ciclo ninguém de bom senso se poderá excluir.”

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João Almeida, deputado e candidato derrotado nas últimas eleições internas do CDS, entende que a decisão de Adolfo de Mesquita Nunes de avançar com um pedido de eleições antecipadas só pode ser visto como positiva para o partido.

Em declarações ao Observador, o antigo secretário de Estado é cristalino: “Nunca vi a disponibilidade de alguém como um facto negativo para o partido.”

João Almeida ao lado de Mesquita Nunes: “Nunca vi a disponibilidade de alguém como um facto negativo para o partido”