As escolas públicas do estado de São Paulo, no Brasil, voltaram esta segunda-feira a ter aulas presenciais, após quase um ano de ensino remoto por causa da Covid-19, que ainda está em fase ascendente no país.

Mais de 4.500 escolas em todo o estado de São Paulo, o mais rico e industrializado do país, abriram as suas portas com restrições para receber até 35% dos seus alunos, segundo a Secretaria da Educação regional.

A volta às aulas presenciais, permitindo o regresso de cerca de três milhões de alunos às escolas, será aliada ao sistema de ensino telemático, de forma a evitar aglomerações e minimizar a possibilidade de novos surtos.

Os alunos foram divididos em grupos, que se revezarão semanalmente para respeitar a capacidade limitada de presentes em sala de aula, que aumentará à medida que a situação de saúde melhorar e as medidas de distanciamento se tornarem mais flexíveis.

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“Segurança em primeiro lugar, mas educação é essencial para a vida”, disse esta segunda-feira o secretário de Educação de São Paulo, Rossieli Soares.

“Se seguirmos os protocolos, o ambiente escolar é seguro. Ao contrário do que acontece em um restaurante, nas escolas sabemos quem vem todos os dias”, acrescentou.

A volta das aulas presenciais em São Paulo também foi alvo de processos na Justiça, com decisões cautelares que suspenderam o retorno de alunos e professores, mas estes processos foram revistos.

O Sindicato dos Professores da Educação Oficial de São Paulo convocou uma greve para esta segunda-feira contra a volta do ensino presencial, mas o Governo local indicou que a paralisação teve uma adesão próxima de zero. “Não fechamos escolas por causa da greve”, disse Soares.

O estado de São Paulo fechou as escolas públicas em março de 2020 devido à pandemia do novo coronavírus, que já causou nesta região de 46 milhões de habitantes cerca de 55 mil mortes e 1,85 milhão de casos confirmados da doença.

Em todo o Brasil, já foram registados 231.534 óbitos e 9,5 milhões de infetados desde o início pandemia, que voltou a agravar-se de forma preocupante em várias regiões do país e principalmente nos estados na região da Amazónia.