O tenente-coronel na reforma Marcelino da Mata, o militar mais condecorado no Exército português, morreu esta quinta-feira, vítima de Covid-19, no Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), disse à Lusa fonte oficial do Exército.

Marcelino Mata, natural da Guiné-Bissau, tinha 80 anos e foi um dos fundadores da tropa de elite “Comandos”.

Após a Revolução do 25 de Abril e do fim da Guerra Colonial foi proibido de voltar à sua terra-natal e viu-se obrigado ao exílio até ao 25 de Novembro (que terminou com o Processo Revolucionário Em Curso).

Forças Armadas Portuguesas destaca “atos de bravura e heroísmo”

O Estado-Maior-General das Forças Armadas enviou as condolências à família e amigos do Tenente-coronel Comando Marcelino da Mata, no Facebook.

As Forças Armadas destacam os “atos de bravura e heroísmo praticados durante a Guerra do Ultramar”.

O Estado-Maior-General das Forças Armadas dirige as mais sinceras condolências a todos os familiares e amigos do…

Posted by Forças Armadas Portuguesas on Thursday, February 11, 2021

Associação de ex-militares guineenses lamenta morte de Marcelino da Mata

O presidente interino da Associação dos Antigos Combatentes Guineenses que serviram nas Forças Armadas portuguesas, António Albino Gomes, disse à Lusa ter recebido “com muita tristeza” a notícia da morte do tenente-coronel Marcelino da Mata.

“Embora tenha sido condecorado várias vezes, Portugal não pagou a Marcelino da Mata por tudo o que fez nas matas da Guiné”, observou o presidente interino da Associação dos Antigos Combatentes Guineenses que serviram nas Forças Armadas portuguesas. António Albino Gomes recordou Marcelino da Mata como “um militar valente” e que era conhecido e respeitado por todos, ao ponto de não ter um aquartelamento específico, estando sempre disponível para missões arriscadas.

Marcelino da Mata era um pilar entre a tropa guineense que lutou por Portugal, mas infelizmente  morreu, mas penso que Portugal não será ingrato para sempre em relação aos homens que o serviram na Guiné”, afirmou António Albino Gomes.

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