Cerca de 90% da documentação que chegou à comissão parlamentar de inquérito à gestão do Novo Banco tem o selo de confidencialidade. A leitura dos documentos confidenciais é permitida aos deputados credenciados, mas com regras apertadas, nomeadamente oo dever de segredo.

A informação foi adiantada ao Público pelo presidente da comissão, Fernando Negrão. De acordo com o mesmo jornal, até terça-feira passada, chegaram à comissão 18.447 ficheiros classificados como confidenciais (25 gigabytes (GB)) e 2379 ficheiros de acesso ilimitado (4 GB). Os documentos confidenciais representavam, assim, “88,6% do total recebido”, esclareceu ainda o coordenador da bancada do PSD na comissão, Duarte Pacheco.

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Em janeiro, o Observador já tinha escrito que a comissão parlamentar tinha recebido mais de metade da documentação pedida, nomeadamente o relatório sobre a supervisão do Banco de Portugal ao caso BES. Além deste relatório, outros documentos foram considerados confidenciais. Serão os deputados a avaliar, caso a caso, se esse selo se justifica.

Em junho do ano passado, também foram entregues no Parlamento os documentos associados ao contrato de venda do Novo Banco à Lone Star pelo Fundo de Resolução, igualmente com ordem de confidencialidade.

Devido à evolução da pandemia, os trabalhos da comissão de inquérito estão suspensos até 17 de fevereiro.

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