A pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde continua a aliviar, de acordo com o boletim da Direção-Geral de Saúde, que, esta quarta-feira, deu conta de uma redução de 345 internados num só dia (para 4.137) e de menos 33 casos em cuidados intensivos (havendo agora 719 camas ocupadas nestas unidades).
O número de doentes graves que precisam de cuidados intensivos por causa da Covid-19 está em queda pelo quinto dia consecutivo. Desde que atingiu 846 casos, a 12 de fevereiro, há menos 127 camas ocupadas nestas unidades devido à pandemia. Se, no entanto, a comparação for feita com o pico dos internamentos em cuidados intensivos, está em causa uma redução de 185 casos desde 5 de fevereiro, ou seja, menos 20,4%.
Já a redução de 345 internados nas últimas 24 horas (para um total de 4.137) representa a terceira maior descida de internamentos em valores absolutos desde que começou pandemia — depois da queda de 380 internados no passado dia 13 e de 350 nesta terça-feira.
Desde o pico da pandemia, em que foi registado um número máximo de 6.869 camas ocupadas, houve uma redução de 2.732 internamentos — ou seja, menos 39,7% desde 1 de fevereiro. Só nos últimos sete dias a queda foi de 1.692.
Confirmando uma tendência que se verifica desde a passada sexta-feira, os 2.324 casos registados pela DGS nesta quarta-feira — mais 822 do que no dia anterior — são comparáveis aos números de há quatro meses, no início da segunda vaga. Seria necessário a recuar ao dia 14 de outubro para encontrarmos uma quarta-feira com menos casos (na altura, 2.072).
Foi a 12 de fevereiro que os casos de infeção começaram a recuar para os níveis desse mês. Na comparação face aos dias homólogos, a última sexta-feira (2.854 casos) só perde para 16 de outubro (2.608); e nos dois dias seguintes a tendência voltou a verificar-se (descontando a quadra natalícia, em que foram feitos menos testes): o passado sábado (2.856) tem o número mais baixo desde 17 de outubro (2.153); e este domingo (1.677) o valor mais reduzido desde 11 de outubro (1.090).
Seguiram-se os 1.303 casos positivos identificados no boletim desta segunda-feira — o registo mais baixo desde 12 de outubro (1.249 casos), se retiramos da equação o atípico dia 26 de dezembro, antes da terceira vaga (1.214 infeções); e os 1.502 casos desta terça-feira só são piores do que os valores registados a 13 de outubro (1.208).
Lisboa e Vale do Tejo continua a liderar os casos diários confirmados de Covid-19. Foram identificados 1.224 novas infeções, ou seja, 52,7% do total do país. Desde que começou a pandemia, a região, que abrange ainda parte dos distritos de Setúbal, Santarém e Leiria, conta com 298.044 casos.
Segue-se o Norte, com 482 novas infeções (ou 20,7% do total), acumulando desde o início da pandemia 322.993 casos. As regiões Centro (367), Alentejo (108), Algarve (101), Madeira (34) e Açores (8) têm em conjunto 618 casos positivos (26,6% de todo o país).
No total, desde que começou a pandemia, houve 790.885 casos confirmados, dos quais 683.061 pessoas estão recuperados — destas, 5.342 recuperaram nas últimas 24h, segundo o boletim da Direção-Geral de Saúde.
Há ainda neste momento 92.175 casos ativos em Portugal — uma redução de 3.145 em apenas um dia e o valor mais baixo desde 6 de janeiro (quando havia 87.004 pessoas infetadas).
No que diz respeito aos óbitos, apesar de haver esta quarta-feira um segundo aumento consecutivo, depois de uma redução de dois dias no fim-de-semana (replicando exatamente as tendências da semana anterior), verifica-se uma queda de 58,1% face às 303 mortes registadas no pico da pandemia, a 31 de janeiro. Ou seja, morrem agora menos 176 pessoas em 24h do que no final do mês passado. Comparando com a última quarta-feira, estão em causa menos 40 óbitos.
Uma dessas mortes com Covid-19 desta quarta-feira foi de um homem entre os 40 e os 49 anos. Há ainda a registar quatro óbitos na casa dos 50 e outros 12 na casa dos 60.
Como habitualmente, no entanto, é nos escalões acima dos 70 anos que a mortalidade é mais elevada — 86,6% das novas mortes são acima desta idade (34 na casa dos 70 anos e 76 acima dos 80). O último escalão etário é responsável por 59,8% das mortes do último dia.
Por regiões, Lisboa e Vale do Tejo tem 71 mortes esta quarta-feira — 55,9% do total do país. Seguem-se 22 no Norte, 21 no Centro, 7 no Alentejo e 6 no Algarve. Não há novos óbitos nas regiões autónomas.