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Boletim DGS. Quinto dia consecutivo com descida de doentes nos cuidados intensivos. Há menos 345 internados em 24h

Este artigo tem mais de 3 anos

Houve mais 127 mortes e 2.324 novos casos nas últimas 24 horas. Internamentos têm terceira maior queda num só dia. Cuidados intensivos não param de descer desde sábado.


Uma enfermeira cuida de um paciente hospitalizado na Unidade de Cuidados Intensivos Covid 19 do Hospital Santa Maria em Lisboa, 27 de outubro de 2020. A urgência dedicada aos casos suspeitos de covid-19 do Hospital Santa Maria, em Lisboa, reflete a evolução da pandemia em Portugal com doentes a avolumarem-se à porta para realizar o teste e no interior a capacidade quase esgotada. O medo de perder o emprego leva muitos doentes com covid-19 a esconderem que estão infetados e a continuar a trabalhar, disseminando a doença que, nesta fase, começa a ser um caso também social e que leva a muitos internamentos no Santa Maria. (ACOMPANHA TEXTO DA LUSA DE 30 DE OUTUBRO DE 2020) TIAGO PETINGA/LUSA
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Os internamentos estão em queda consistente desde o início do mês

TIAGO PETINGA/LUSA

Os internamentos estão em queda consistente desde o início do mês

TIAGO PETINGA/LUSA

A pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde continua a aliviar, de acordo com o boletim da Direção-Geral de Saúde, que, esta quarta-feira, deu conta de uma redução de 345 internados num só dia (para 4.137) e de menos 33 casos em cuidados intensivos (havendo agora 719 camas ocupadas nestas unidades).

O número de doentes graves que precisam de cuidados intensivos por causa da Covid-19 está em queda pelo quinto dia consecutivo. Desde que atingiu 846 casos, a 12 de fevereiro, há menos 127 camas ocupadas nestas unidades devido à pandemia. Se, no entanto, a comparação for feita com o pico dos internamentos em cuidados intensivos, está em causa uma redução de 185 casos desde 5 de fevereiro, ou seja, menos 20,4%.

Já a redução de 345 internados nas últimas 24 horas (para um total de 4.137) representa a terceira maior descida de internamentos em valores absolutos desde que começou pandemia — depois da queda de 380 internados no passado dia 13 e de 350 nesta terça-feira.

Desde o pico da pandemia, em que foi registado um número máximo de 6.869 camas ocupadas, houve uma redução de 2.732 internamentos — ou seja, menos 39,7% desde 1 de fevereiro. Só nos últimos sete dias a queda foi de 1.692.

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Confirmando uma tendência que se verifica desde a passada sexta-feira, os 2.324 casos registados pela DGS nesta quarta-feira — mais 822 do que no dia anterior — são comparáveis aos números de há quatro meses, no início da segunda vaga. Seria necessário a recuar ao dia 14 de outubro para encontrarmos uma quarta-feira com menos casos (na altura, 2.072).

Foi a 12 de fevereiro que os casos de infeção começaram a recuar para os níveis desse mês. Na comparação face aos dias homólogos, a última sexta-feira (2.854 casos) só perde para 16 de outubro (2.608); e nos dois dias seguintes a tendência voltou a verificar-se (descontando a quadra natalícia, em que foram feitos menos testes): o passado sábado (2.856) tem o número mais baixo desde 17 de outubro (2.153); e este domingo (1.677) o valor mais reduzido desde 11 de outubro (1.090).

Seguiram-se os 1.303 casos positivos identificados no boletim desta segunda-feira — o registo mais baixo desde 12 de outubro (1.249 casos), se retiramos da equação o atípico dia 26 de dezembro, antes da terceira vaga (1.214 infeções); e os 1.502 casos desta terça-feira só são piores do que os valores registados a 13 de outubro (1.208).

Lisboa e Vale do Tejo continua a liderar os casos diários confirmados de Covid-19. Foram identificados 1.224 novas infeções, ou seja, 52,7% do total do país. Desde que começou a pandemia, a região, que abrange ainda parte dos distritos de Setúbal, Santarém e Leiria, conta com 298.044 casos.

Segue-se o Norte, com 482 novas infeções (ou 20,7% do total), acumulando desde o início da pandemia 322.993 casos. As regiões Centro (367), Alentejo (108), Algarve (101), Madeira (34) e Açores (8) têm em conjunto 618 casos positivos (26,6% de todo o país).

No total, desde que começou a pandemia, houve 790.885 casos confirmados, dos quais 683.061 pessoas estão recuperados — destas, 5.342 recuperaram nas últimas 24h, segundo o boletim da Direção-Geral de Saúde.

Há ainda neste momento 92.175 casos ativos em Portugal — uma redução de 3.145 em apenas um dia e o valor mais baixo desde 6 de janeiro (quando havia 87.004 pessoas infetadas).

No que diz respeito aos óbitos, apesar de haver esta quarta-feira um segundo aumento consecutivo, depois de uma redução de dois dias no fim-de-semana (replicando exatamente as tendências da semana anterior), verifica-se uma queda de 58,1% face às 303 mortes registadas no pico da pandemia, a 31 de janeiro. Ou seja, morrem agora menos 176 pessoas em 24h do que no final do mês passado. Comparando com a última quarta-feira, estão em causa menos 40 óbitos.

Uma dessas mortes com Covid-19 desta quarta-feira foi de um homem entre os 40 e os 49 anos. Há ainda a registar quatro óbitos na casa dos 50 e outros 12 na casa dos 60.

Como habitualmente, no entanto, é nos escalões acima dos 70 anos que a mortalidade é mais elevada — 86,6% das novas mortes são acima desta idade (34 na casa dos 70 anos e 76 acima dos 80). O último escalão etário é responsável por 59,8% das mortes do último dia.

Por regiões, Lisboa e Vale do Tejo tem 71 mortes esta quarta-feira — 55,9% do total do país. Seguem-se 22 no Norte, 21 no Centro, 7 no Alentejo e 6 no Algarve. Não há novos óbitos nas regiões autónomas.

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