A missão Sentinel-2 do programa europeu Copérnico, da Agência Espacial Europeia (ESA), captou uma fotografia do vulcão Etna em erupção a partir do espaço. A imagem foi partilhada esta sexta-feira, mas fotografada às 09h40 da última quinta-feira com recurso a câmaras no espectro infravermelho. E mostra o “espetáculo de fogo” da lava vermelha viva a escorrer pelos flancos.

O Etna, em Itália, entrou em erupção pela primeira vez na terça-feira passada, 16 de fevereiro, e expeliu lava a uma altura de 700 metros, escorrendo depois pelo flanco leste até ao Valle del Bove, na província italiana de Catânia, a quatro quilómetros do topo do vulcão.

A segunda erupção ocorreu dois dias mais tarde, a 18 de fevereiro, e embora tenha sido mais explosiva, a lava só percorreu 1,3 quilómetros na direção sul. No entanto, as cinzas cobriram a cidade de Catânia e colocaram em perigo as cidades de Linguaglossa, Fornazzo e Milo, mais próximas à base do monte. O aeroporto teve de ser fechado temporariamente.

Desde então, a lava ainda não parou de escorrer do topo do Etna — que, com uma altitude de 3.350 metros, é o vulcão mais alto e mais alto da Europa, protagonizando erupções desta natureza amiúde. Já esta sexta-feira de manhã, a plataforma Volcano Discovery deu conta de um aumento de atividade sísimica no local, um sintoma de que uma nova explosão pode prestes a ocorrer.

As imagens captadas no âmbito do programa Copérnico da ESA também são boas ferramentas para monitorizar os vulcões e estudar os seus comportamentos. O satélite Sentinel-2 permite, por exemplo, detetar sinais que possam sinalizar a iminência de uma nova erupção.

Mesmo depois de ela acontecer, as imagens podem ajudar a registar fenómenos associados à atividade do vulcão, como fluxos de lava, deslizamentos de terra, fissuras no solo e terramotos. Os sensores atmosféricos também podem detetar gases e aerossóis libertados pela erupção, o que é útil para calcular o impacto ambiental que terão.

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