Os principais actores da indústria automóvel europeia, movidos pela necessidade de reunir as verbas destinadas a cobrir os investimentos necessários para disputar a liderança na mobilidade eléctrica, não olham a meios. Daí que a Volkswagen AG se prepare para alienar em bolsa a Porsche, ou pelo menos uma parte minoritária do seu capital, com a Daimler a fazer o mesmo com a sua divisão de camiões e furgões comerciais. A Renault optou por vender a quota que detinha na Daimler.

O construtor francês anunciou esta semana que vendeu as 16.448.378 acções (a 69,50€ o título) que detinha na Daimler, 1,54% da empresa, o que lhe permitiu encaixar 1,143 mil milhões de euros. Este investimento da Renault na Daimler era uma participação cruzada, que levava a Daimler a deter uma participação no fabricante francês.

A Renault declarou que a venda da participação na Daimler se destina a financiar a sua actividade, o que se compreende numa fase em que a marca já possui o Zoe e o Twingo eléctricos, mas se prepara para lançar os Mégane, R4 e R5. E o mercado parece confiante, uma vez que nos últimos seis meses as acções subiram 61,2%, de 24,68€ para os actuais 39,79€. No mesmo período, a Daimler valorizou-se 53,1%, de 46,17€ para 70,72€.

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