Cerca de 233 mil pessoas foram vacinadas contra a Covid-19 na região Centro e, destas, 67 mil já receberam as duas doses, disse esta quinta-feira o secretário João Paulo Rebelo.
O coordenador do combate à pandemia na região Centro falava no Parlamento, durante a comissão eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta e do processo de recuperação económica e social.
Segundo o governante, no que respeita à população das Estruturas Residenciais para Idosos (ERPIS), na região Centro já há uma cobertura da primeira dose de 99,5% e de 55% da segunda. “Na PSP, GNR e bombeiros, o plano está cumprido“, frisou João Paulo Rebelo, acrescentando que 50% dos seus elementos nos seis distritos se encontram vacinados.
Relativamente às escolas, disse que há na região Centro “cerca de dez mil pessoas, entre o (ensino) público e o privado, pessoal docente e não docente“, às quais está previsto dar a vacinação.
O responsável congratulou-se pela evolução dos números de Covid-19 na região Centro, uma vez que passaram de 1.747 casos por 100 mil habitantes (numa taxa de incidência a 14 dias) em meados de janeiro, para 60 casos por 100 mil habitantes atualmente. “Não é uma redução, é uma queda abrupta, felizmente”, sublinhou.
Cada distrito teve uma estrutura de apoio de retaguarda, mas “nem todas chegaram, felizmente, a ser ativadas” e “algumas estiveram ativadas por mais tempo do que outras”, explicou. “Das 360 camas que estiveram disponíveis nas seis estruturas de apoio de retaguarda, foram utilizadas 156. No dia de hoje não há nenhuma pessoa nestas estruturas de apoio de retaguarda“, acrescentou.
João Paulo Rebelo disse que, atualmente, “encontram-se 49% das camas em enfermaria ocupadas na região Centro, contra 88% de ocupação no passado dia 14 de fevereiro (pico da resposta hospitalar)” e há “38% de camas em Unidades de Cuidados Intensivos, contra 95% a 14 de fevereiro”.
De acordo com o secretário de Estado, há ainda 15 lares com casos ativos de Covid-19, num “universo de cerca de 700 lares na região Centro. Neste momento, “não há uma única brigada de intervenção rápida ativa”, sendo que “mais de seis centenas de lares foram alvo de visitas conjuntas do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, do Ministério da Saúde e da Proteção Civil”, acrescentou.
João Paulo Rebelo referiu ainda que há “zero inquéritos epidemiológicos em atraso“, apesar de se manterem mobilizadas três equipas das Forças Armadas para ajudar, caso seja necessário. O responsável sublinhou a colaboração quer das Forças Armadas, quer das autarquias, para ajudar “a colmatar a necessidade que havia de manter os inquéritos epidemiológicos em dia”.
Atendendo ao número de pessoas envolvidas, João Paulo Rebelo colocou em causa o número de rastreadores referido pela deputada da bancada do PSD Sandra Pereira, durante as perguntas aos secretários de Estado: “Onze por cem mil habitantes, o que daria cerca de 1.100 no país inteiro”. “As Forças Armadas tiveram, na região Centro, 250 homens e mulheres ativados para este serviço de rastreamento. Se acrescentarmos o número de pessoas que estiveram a fazer rastreamento cedidos por município, mais os trabalhadores da saúde pública que já o faziam naturalmente, chegamos facilmente a um número que não deve andar muito longe do número que referiu a nível nacional”, concluiu.
Questionado pela deputada Bebiana Cunha, do PAN, sobre o número elevado de óbitos na região Centro, João Paulo Rebelo disse que também fez essa pergunta junto dos serviços de saúde regionais. “Ao que me dizem, 38% da população residente em lares no país centra-se na região Centro, o que pode muito bem explicar este número proporcionalmente desvantajoso”, afirmou.