O surto de Covid-19 que assolou o Sporting no arranque da temporada de 2020/21, e que levou mesmo a equipa a adiar o encontro da primeira jornada do Campeonato frente ao Gil Vicente, fez mais de dez infetados entre atletas, equipa técnica e departamento clínico e levou mesmo a que a equipa fosse em estágio para o Algarve para criar uma nova “bolha” enquanto os infetados estavam a recuperar em isolamento. Antes, tinham existido já alguns casos de pessoas ligadas a outros departamentos da Academia, pouco depois apareceram também em algumas modalidades de pavilhão. Sem haver uma certeza absoluta, a suspeita em relação ao futebol era que as infeções tivessem como origem os colégios de alguns dos filhos de jogadores e os protocolos ficaram ainda mais apertados.
A Covid voltou a Alcochete: Matheus Nunes teve sintomas, foi isolado e teve teste positivo
À exceção de Gonzalo Plata, que ficou infetado depois de uma ida em novembro à seleção do Equador (no Benfica aconteceu o mesmo com jogadores como Darwin Núñez ou Taarabt), não mais o Sporting voltou a ter casos do novo coronavírus até janeiro, altura em que a equipa se deslocou à Madeira para dois jogos que em condições normais teriam apenas pernoita na véspera mas que levaram a um improvisado mini estágio depois do adiamento do encontro com o Nacional para o Campeonato devido às condições climatéricas, tendo em conta o jogo para a Taça de Portugal que se seguia frente ao Marítimo. Aí, foram detetados três casos entre equipa técnica e staff (o adjunto Carlos Fernandes, o preparador físico Gonçalo Álvaro e o técnico de equipamentos Paulinho), que ficaram em isolamento, havendo a suspeita de mais positivos entre uma polémica.
Luís Neto, Sporar e Nuno Mendes tiveram testes positivos, sendo que mais tarde, quando a equipa estava a fazer controlos numa cadência diária, percebeu-se que Nuno Mendes e Sporar eram “falsos positivos”, num caso que deu muito que falar mas que afastou os jogadores da meia-final da Taça da Liga frente ao FC Porto, mas que Bruno Tabata estava também infetado. O avançado brasileiro tinha sido até agora o último caso registado nos leões.
Agora, os alarmes soaram na manhã de terça-feira, dia de regresso aos trabalhos em Alcochete depois da vitória do Sporting em Tondela. Matheus Nunes apresentou ligeiros sintomas e, numa ronda de testes rápidos que todos os elementos fizeram, foi o único então que deu positivo, ficando os responsáveis à espera dos resultados dos testes PCR, marcados antecipadamente para esta quinta-feira por haver jogo este sábado à noite em Alvalade frente ao V. Guimarães (antes da paragens para as seleções), para perceberem se haverá ou não mais casos. De referir que, de janeiro para cá, o plantel verde e branco faz os testes obrigatórios pelo protocolo da Liga e pelo menos mais dois testes rápidos por semana, além dos demais cuidados comuns para controlar eventuais sintomas, sendo que a prioridade esta quinta-feira é despistar mais casos para evitar um novo surto em Alcochete.
Antunes também está positivo, como resultado dos testes PCR feitos esta manhã. Apesar disso, os receios de que possam surgir mais casos continuam (basta recordar o que aconteceu em setembro, quando os primeiros casos foram detetados na antecâmara do Troféu Cinco Violinos, com o Nápoles, no dia 13, e Palhinha viu confirmada a infeção após teste positivo entre 17 e 18) e é por isso que este sexta-feira, véspera do jogo com o V. Guimarães, todo o plantel voltará a ser testado. Além de Matheus Nunes e Antunes, Rúben Amorim não deverá contar também com o lesionado Nuno Santos e com os castigados Coates e João Pereira. Em contrapartida, Paulinho já regressou aos treinos integrado com a equipa e pode ser opção para o treinador no encontro frente aos minhotos.