Ao contrário do que aconteceu com o Nacional, onde até foi “notícia” por não conseguir colocar as bolas no relvado para o aquecimento devido ao forte vento que se fazia sentir na Choupana, Paulinho, técnico de equipamentos do Sporting, não subiu ao terreno no início do treino nos Barreiros. Essa ausência acabou por causar alguma surpresa mas foi pouco depois desvendada: estava infetado com Covid-19. E não era o único, com o técnico adjunto Carlos Fernandes e o preparador Gonçalo Álvaro a testarem também positivo. Por terem estado em estágio desde quarta-feira à noite na Madeira, temeu-se que pudessem surgir mais casos, algo que se confirmou esta noite.

Pela forma como estas infeções surgiram, e além dos testes negativos feitos antes do jogo com o Marítimo, todo o grupo de trabalho do Sporting voltou a ser testado esta terça-feira à tarde em Alcochete, no regresso aos trabalhos. Resultado? Zero casos positivos. No entanto, por haver esse receio de que surgissem mais casos e por haver jogo na próxima sexta-feira com o Rio Ave, hoje voltou a haver mais uma ronda de testes, agora com três casos positivos: Luís Neto, Nuno Mendes e Sporar estão infetados, ficam fora das opções de Rúben Amorim e vão falhar também o clássico com o FC Porto da próxima terça-feira em Leiria, a contar para a meia-final da Taça da Liga.

À semelhança de Carlos Fernandes, Gonçalo Álvaro e Paulinho, o trio de infetados na Madeira que regressou ainda antes do jogo com o Marítimo a Lisboa para cumprir isolamento profilático no seguimento de um contacto de risco, os três jogadores leoninos estão também assintomáticos e irão agora ficar em isolamento.

De recordar que, no início da temporada, o Sporting teve um surto que afetou mais de uma dezena de elementos do plantel entre jogadores, equipa médica e departamento médico, o que fez mesmo com que o encontro da primeira jornada do Campeonato, em casa com o Gil Vicente, tivesse de ser adiado (até porque os minhotos tinham ainda mais ausências pelo mesmo motivo). Os primeiros casos surgiram poucas antes do jogo particular a contar para o Troféu Cinco Violinos, em Alvalade, frente ao Nápoles, que não se chegou a realizar.

Borja, Nuno Santos e Rodrigo Fernandes foram os três primeiros casos detetados, antes de mais quatro que tinham dado numa primeira instância inconclusivo: Renan, Gonçalo Inácio, Pedro Gonçalves e Luís Maximiano. Também o treinador principal, Rúben Amorim, o líder do departamento médico, João Pedro Araújo, e os jogadores Eduardo Quaresma e João Palhinha testaram poucos dias depois positivo, com a particularidade de o médio ter acusado já durante o estágio no Algarve que a equipa realizou para tentar criar uma nova “bolha”. O surto foi então controlado e, daí até à Madeira, só houve mais um caso de Covid-19, Gonzalo Plata, após uma ida à seleção.

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