No primeiro trimestre de 2021, a Tesla voltou a surpreender os analistas, especialmente os de Wall Street. Com o mercado global a cair, as vendas da marca norte-americana aumentaram, atingindo 184.800 unidades – um volume que aponta para uma produção anual de 739.200 eléctricos.

O primeiro trimestre nunca é o melhor do ano, sobretudo porque nos três meses anteriores são sempre feitos alguns sacrifícios de antecipação, para favorecer os dados relativos às vendas do ano anterior. Ainda assim, a Tesla, que conseguiu comercializar 180.338 veículos entre Janeiro e Março de 2020, aumentou as vendas em 2,47% no mesmo período de 2021. Este incremento ocorreu num trimestre em que a marca americana não produziu um único Model S ou Model X, pois está a braços com a introdução da nova geração, o que implica mudanças nas baterias, motores, sistemas de gestão e construção do pack, pelo que se limitou a vender 2.020 unidades que tinha em stock.

Para se ter uma ideia do desempenho da Tesla, que se apoiou exclusivamente nos seus Model 3 e Model Y, sendo que este está a começar a acelerar a produção na China e ainda não arrancou na Europa, é bom ter presente que o crescimento de 2,4% das vendas da Tesla contrasta com uma queda de 14,2% do mercado global. O grupo Toyota viu as suas vendas baixarem 10,5%, enquanto o rival Grupo VW reduziu o número de veículos matriculados em 15% (com todas as marcas a caírem, onde a VW perdeu 15,9% de clientes).

Como seria de esperar, a quebra das vendas esteve longe de atacar apenas os construtores alemães. Entre os franceses, o Grupo Renault vendeu menos 21,3% de veículos e a PSA caiu 28%, com a Peugeot a perder 23%, a Citroën 28% e a Opel 35%.

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