O primeiro-ministro anunciou esta quarta-feira que em maio vai ser apresentado um programa de recuperação de aprendizagens dirigido aos alunos para que, por causa da pandemia, “não fique perdido” tudo o que devia ter sido aprendido.
Temos bem a noção de que há agora um enorme esforço a fazer de recuperação de aprendizagens. Nada substitui o ensino presencial e estamos, neste momento, a trabalhar para apresentar em maio um programa de recuperação de aprendizagens para que, tudo aquilo que não se pode aprender num momento próprio, por causa da pandemia, não fique perdido”, afirmou António Costa.
O governante, que falava durante a inauguração de uma escola do 3.ºciclo e secundária, em Vila Real, explicou que o objetivo é que “esta geração não tenha, no futuro, de viver com menor qualidade da sua aprendizagem fruto desta pandemia“.
Essa é uma cicatriz que não podemos deixar desta pandemia e temos que investir seriamente nesse processo de reaprendizagem”, salientou.
O plano é, explicou, um trabalho técnico que está a ser coordenado pelo Ministério da Educação e que vai ser alvo de uma discussão pública.
António Costa apontou o regresso às aulas das crianças dos 2.º e 3.º ciclos, já concretizado, e disse que “tudo tem sido feito” para manter a pandemia controlada para que, no próximo dia 19, “as portas se possam abrir também aos alunos do ensino secundário”. Destacou o esforço “muito importante de testagem de todo o pessoal docente e não docente” e também o “esforço de vacinação massiva de todo o pessoal docente e não docente que trabalha nas escolas”.
Um primeiro fim de semana já foi dedicado a isso e espero que, no próximo fim de semana, nada se perturbe com as decisões da Agência Portuguesa do Medicamento (EMA) e assim possamos prosseguir”, frisou.
António Costa reiterou a necessidade de todos terem cautela “dentro da escola e fora da escola”. “A escola não é um local particularmente de risco, pelo contrário, todos os testes têm demonstrado que o número de casos positivos é, aliás, inferior ao que existe no conjunto da sociedade, mas obviamente sabemos que a pandemia não passou, que o vírus anda por aí e, portanto, temos que ter cautela”, salientou.
O primeiro-ministro frisou que o vírus justifica que se mantenham as preocupações nas “escolas, na rua, nas esplanadas”.”O vírus é diferente do que era há um ano atrás, é mais fácil de transmitir, aumenta mais os contágios e é por isso que nós temos que ter mais cautela”, referiu.
António Costa visitou a escola de São Pedro, alvo de uma requalificação de 4,5 milhões de euros, e, no fim, disse que “está linda, mas sem alunos não é bem uma escola”. Neste estabelecimento de ensino estudam cerca de mil alunos do 3.ºciclo e secundário. Foram ali testados 160 trabalhadores docentes e não docentes.