Uma equipa de arqueólogos descobriu esta quinta-feira uma cidade com 3.000 anos que permanecia escondida entre as areias de Luxor, no Egito. É a maior cidade já encontrada no país.
A missão começou no mês de setembro de 2020. Em pouco tempo, os arqueólogos começaram a desenterrar alguns materiais que indiciavam pertencer à cidade. Mas para além de barros e de alguma noção de espaço, a equipa conseguiu também identificar alguns dos edifícios — uma padaria, um espaço que parece ser destinado à alimentação, uma zona administrativa, um cemitério, uma oficina e ainda algumas tumbas.
A cidade situa-se entre o templo de Amenhotep III, que fica a oeste da cidade de Luxor, e o templo de Ramses III, em Medinet Habu. A procura por esta cidade perdida já é antiga: “Muitas missões estrangeiras procuraram esta cidade e nunca a encontraram” — é “a maior cidade do antigo Egito“, conta Zahi Hawass, arqueólogo e chefe da missão, num comunicado citado pelo El País.
A urbanização foi fundada pelo Faraó Amenhotep III — o nono rei da 18ª dinastia e que governou o Egito entre 1391ac. e 1353ac. O lugar aparenta ter vários nomes, como A Ascenção de Aton ou a Cidade de Ouro Perdida
Foi ainda encontrado um selo de argila com as seguintes palavras: “gm pa Aton” — o que, segundo Hawass, significa “o domínio do deslumbrante Aton“. Esta frase remete para um templo construido pelo faraó Akhenaton — o sucessor de Amenhotep III.
Também foi descoberto um túmulo de uma pessoa, que se encontrava com os braços estendidos ao lado do corpo e com uma corda em volta dos joelhos. Ainda não se sabe mais detalhes de quem poderá ter sido.