O índice de transmissibilidade da Covid-19 em Portugal — o R(t), que indica quantas pessoas alguém infetado pelo coronavírus pode contagiar em média — está neste momento em 1,06 (excluindo as ilhas, fica em 1,05), uma subida em relação ao calculado na última segunda-feira, revela o relatório de situação publicado esta tarde pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
Portugal regista agora uma incidência de 72,4 casos ao longo de duas semanas por 100 mil habitantes, mas se nos concentrarmos apenas em Portugal Continental fica-se pelos 69 casos. A incidência mantém assim a tendência de crescimento que já exibe há vários dias e aumenta assim pela quarta atualização consecutiva da matriz de risco.
Houve mais 684 casos de infeção pelo coronavírus e mais oito mortos provocados pela Covid-19. Entre as 00h de terça-feira e as 23h59, Portugal tinha 25.457 casos ativos de infeção pelo SARS-CoV-2, mais 16 do que no dia anterior. No mesmo período também foram consideradas recuperadas mais 660 pessoas.
Quatrocentas e quarenta e sete (447) pessoas estão internadas por complicações associadas à Covid-19, menos 12 do que na última atualização das autoridades de saúde. Em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) estão a ser acompanhadas 116 pessoas, menos duas do que indicava o boletim de terça-feira.
A região Norte concentra mais novos casos: tem mais 265 casos positivos, enquanto Lisboa e Vale do Tejo regista mais 188. Seguem-se as regiões Centro e o Algarve (mais 66 em cada uma delas), o Alentejo (mais 43), Madeira (mais 33) e os Açores (mais 23).
Mas foi em Lisboa e Vale do Tejo que houve mais mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas: mais cinco na região capital e outras três na região Norte. Não foram registadas fatalidades por Covid-19 nas outras regiões do país. Cinco das oito pessoas que morreram de Covid-19 nas últimas 24 horas tinham 80 anos ou mais.
A mais nova tinha 50-59 anos, outra tinha 60-69 anos e uma vítima mortais estava na casa dos 70 anos. Mas a maior parte dos novos casos continua a registar-se na faixa etária dos 40 anos (mais 122) e dos 30 anos (mais 107). Seguem-se os indivíduos com 50 a 59 anos (mais 97), depois com 10 a 19 anos (mais 82), com 20 a 29 anos (mais 81), com 70 a 79 anos (mais 78) e as crianças com até nove anos (mais 54 anos).
Os que menos contribuem para a incidência continuam a ser os mais idosos — que são, no entanto, os que mais sofrem com a doença. Só 35 dos 684 novos infetados têm 70 a 79 anos; e só 28 têm 80 anos ou mais.