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Podcasts, áudios e "soundbites". Como o Facebook quer acabar com o Clubhouse

Este artigo tem mais de 2 anos

Há um Live Audio Rooms, "soundbites" e podcasts, mas não há data de lançamento. Explicamos como vai funcionar o plano do Facebook para destronar o Clubhouse, a atual rede social de áudio líder.

O Facebook, além da rede social com o mesmo nome, detém o Instagram e o WhatsApp
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O Facebook, além da rede social com o mesmo nome, detém o Instagram e o WhatsApp

O Facebook, além da rede social com o mesmo nome, detém o Instagram e o WhatsApp

O Facebook revelou como vai funcionar o seu concorrente do Clubhouse, a rede social de áudio restrita para o sistema operativo iOS, dos iPhone, que tem feito sucesso desde o início de 2021. Há duas semanas, deixou de ser  segredo que o futuro das empresas de Mark Zuckerberg que também detém o Instagram e o WhatsApp, vai passar pela aposta no som. Como vai funcionar? Com as “Live Audio Rooms”, “Soundbites” e, claro, podcasts. Ficou confuso e não quer nem ouvir falar disso? Abaixo, explicamos como tudo vai funcionar.

O discurso, o som e a linguagem são os blocos de construção sobre como nos conectamos uns com os outros.” É com esta frase,  que o Facebook introduz o seu plano para derrotar o Clubhouse num comunicado lançado nesta semana. “O áudio encaixa-se perfeitamente nas nossas vidas ocupadas, permite-nos ser inspirados por novas ideias e falar com outras pessoas que pensam como nós, tudo sem pressão”, continua a explicar a rede social.

Facebook junta-se à corrida para concorrer com o Clubhouse

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Depois, assume o porquê esta nova aposta. O objetivo não é só ficar com o lugar do Clubhouse — isso é o que várias empresas querem fazer. O objetivo é o de capitalizar aquilo que a rede social percebe que está a acontecer nas suas plataformas. “No Facebook, vimos o aumento contínuo do áudio nas plataformas, desde chamadas de áudio a mensagens de áudio no WhatsApp e Messenger“, assume a empresa. Por isso, o futuro vai passar por tornar estas ferramentas “mais acessíveis e divertidas”. Porquê? Porque nem toda a gente gosta de receber mensagens de áudio e, “atualmente, ainda é muito difícil para a maioria das pessoas” usarem estas ferramentas, diz Fidji Simo, diretora do departamento de aplicações do Facebook, que assina o comunicado.

O plano começa, então, por passarmos a ter um “estúdio de áudio no bolso”. Na prática, este é o nome que o Facebook dá à família de tecnologias de captação de áudio que desenvolveu para os utilizadores enviarem ficheiros de voz. “Exatamente como fizemos com fotografias e vídeos, queremos que todos tenham ferramentas poderosas o suficiente como as dos profissionais, mas intuitivas e divertidas”, explica a empresa.

[Para explicar como é que tudo funciona, o Facebook criou uma experiência de áudio para mostrar aquilo que quer implementar nas suas redes sociais]

Por outras palavras, o Facebook vai tentar fazer com o formato áudio aquilo que fez com a escrita: permitir que qualquer pessoa, em qualquer lugar, possa partilhar o que quer. Isto tendo como base mecanismos de inteligência artificial que aprimoram os conteúdos, adicionam uma interface de utilização prática. E vai começar pelo “Sound Collection” (coleção de som, português), uma espécie de biblioteca de ficheiros de áudio que o utilizador vai poder usar para criar e animar, por exemplo, histórias [stories, em inglês] no Instagram.

O Facebook vai passar a disponibilizar uma biblioteca digital que alojará e ajudará os utilizadores com os ficheiros de áudio que querem criar

A seguir, entram em cena — ou, neste caso, vão para o ar — os “Soundbites”. Se tudo correr como o Facebook quer, este nome vai passar a fazer parte do discurso concorrente da mesma forma que dizemos “viste o whatsapp que te mandei?”. Os Soundbites vão ser “clipes de áudio criativos e curtos para capturar anedotas, piadas, momentos de inspiração, poemas e muitas outras coisas que ainda não imaginamos”, diz a rede social. Na prática, vão ser histórias de instagram mas em formato de áudio. E vão começar a aparecer no Messenger, Facebook e Instagram “nos próximos meses”.

Falando mais do que vai acontecer “nos próximos meses”, há outra novidade: os podcasts, o nome dado a programas de rádio ou conversas gravadas em formato de áudio que depois são alojadas num serviço online e ouvidas em diferido, vão chegar ao Facebook. Ou seja, além de fotografias e textos, a rede social vai permitir que os seus utilizadores partilhem e alojem podcasts nos servidores da rede social, para que qualquer pessoa possa aceder a eles quando vê o perfil.

A forma como os podcasts vão aparecer nas páginas dos utilizadores do Facebook

Os criadores de podcast serão capazes de alcançar e se conectar com novos ouvintes — tudo diretamente na aplicação do Facebook”, anuncia a empresa.

No entanto, até agora, continua a faltar uma das chaves que tornou o Clubhouse tão bem sucedido: todas as conversas são em direto. Ou se ouve quando estão a acontecer ou então perde-se o que foi falado. Obviamente, o Facebook também pensou nessa parte e anunciou que vai lançar as já referidas “Live Audio Rooms”. À semelhança do Clubhouse, qualquer utilizador do Facebook ou do Messenger vai poder criar, ouvir e participar em conversas que vão estar a acontecer em direto. E, para dar força a este projeto, a empresa anunciou que está a fazer várias parcerias com artistas para emissões exclusivas.

As Live Audio Room vão estar disponíveis no Facebook e no Messenger

Por fim, como é que tudo isto vai dar dinheiro ao Facebook e a quem quiser criar conteúdos destes e mantê-los na rede social? A primeira parte da resposta é simples: o Facebook quer manter e ter mais utilizadores que pode perder para projetos como o Cluhouse, acompanhando as tendências de mercado. A segunda, quanto à forma como vai cativar os utilizadores a criar conteúdos, é dada pela empresa: “A única maneira de tudo isto funciona no longo prazo é com os criadores a poderem ganhar dinheiro com seus esforços“.

À semelhança do que o Clubhouse anunciou em março, o Facebook, logo a partir do lançamento das Live Audio Rooms, vai ter um fundo para sustentar quem cria “Soundbites” de sucesso ou tem conversas com muitos utilizadores a ouvirem. Além disso, vai haver uma ferramenta integrada na plataforma que permitirá doar dinheiro a quem faz podcasts e conversas em direto, um pouco à semelhança do que é feito, por exemplo, no Twitch, uma plataforma de streaming de vídeo.

O ataque dos gigantes tecnológicos ao Clubhouse “nos próximos meses”

O Facebook não é a única empresa que quer tirar o lugar ao Clubhouse. O Spotify, a maior plataforma de áudio e subscrição de música mais utilizada em todo o mundo, por exemplo, comprou uma empresa, a Betty Labs, que detém a app a Locker Room, só para isso. E não é a única. O Twitter já anunciou o Spaces, uma plataforma muito semelhante aos Live Audio Rooms e ao Clubhouse, e até o serviço de mensagens Telegram já avançou que vai apostar nestes formatos de áudio em direto.

[Abaixo, pode ouvir a última emissão da App da Vizinha sobre os concorrentes do Clubhouse]

Por que toda a gente quer (ser) o Clubhouse?

No entanto, até agora, todas as datas de lançamentos destes concorrentes do Clubhouse são iguais às que o Facebook dá: “Vai ser lançado nos próximos meses”. Ou, citando o comunicado do Twitter sobre o Spaces, “estamos em testes”.

Depois do Twitter e do Telegram, Spotify vai ter a sua versão do Clubhouse

Todas as apps parecem ter em comum um outro fator, que pode ter sido decisivo para o sucesso do Clubhouse: só se pode aceder quem tiver um convite e um iPhone (a app ainda só funciona no iOS, o sistema operativo móvel da Apple). Como contou o The Verge em fevereiro, o Clubhouse “definiu um novo formato”. Agora, “tem de defendê-lo”.

Para já, o Clubhouse vai continuar a ser o paradigma destas apps. Afinal, em pouco tempo — a app fez recentemente um ano — angariou milhões de utilizadores que vêm ao Clubhouse áudio social, e teve conversas que contaram com a presença do multimilionário Elon Musk, responsável pela Tesla e SpaceX, de Bill, cofundador da Microsoft, e, entre outras vedetas, também de alguém que agora quer destronar o serviço: Mark Zuckerberg. Está avaliado atualmente em 4 mil milhões de dólares.

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