A Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) apelou esta segunda-feira à confiança na ciência e na investigação clínica, sublinhando que foram elas que permitiram alcançar soluções de saúde inovadoras como os medicamentos e as vacinas.

No arranque da Semana Europeia de Vacinação, uma iniciativa da Organização mundial da saúde (OMS), que nesta segunda-feira começa, a Apifarma lembra o contributo dos programas de vacinação para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Reafirma que “é fundamental confiar na ciência e na investigação clínica”, que possibilitaram “alcançar soluções de saúde inovadoras, como sejam medicamentos, vacinas e meios de diagnóstico, eficazes, seguras e de qualidade”. “Esta é parte da missão da Indústria farmacêutica”, sublinha a Apifarma, em comunicado.

Este ano, a Semana Europeia da Vacinação, que se assinala entre 26 de abril e 2 de maio, celebra o contributo dos programas de vacinação para a promoção da saúde e para a qualidade de vida de milhões de pessoas. A campanha — sob o mote “As Vacinas Aproximam-nos” — assinala também “o papel fundamental da vacina contra a covid-19 no início do regresso progressivo da sociedade ao seu quotidiano”, destaca a Apifarma.

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“Programas de Vacinação robustos, como é o caso do Programa Nacional de Vacinação (PNV) em Portugal, contribuem para prevenir doenças potencialmente fatais ou incapacitantes e permitem que milhões de pessoas cresçam saudáveis e desfrutem de um envelhecimento saudável”, afirma a associação, apelando à manutenção dos serviços de vacinação de rotina.

Citado no comunicado, César Jesus, vice-presidente da Comissão Especializada de Vacinas da Apifarma, salienta que “a indústria nunca desistirá de salvar vidas através da vacinação” e que “continuará a investigar soluções que permitam prevenir doenças graves”.

A OMS considera as vacinas “uma das maiores histórias de sucesso da medicina moderna”, ao evitarem entre 2 a 3 milhões de mortes por ano, o que se traduz em importantes ganhos em termos de saúde pública, como foi o caso da erradicação da poliomielite em muitas partes do globo e da varíola no mundo.

Também citado no comunicado, o coordenador do Gabinete de Crise da Ordem dos Médicos, Filipe Froes, afirma que “o mundo como o conhecemos só é possível devido ao impacto das vacinas na erradicação e prevenção de doenças que dizimavam milhões de vidas todos os anos”. Para além de salvarem vidas, “os programas de vacinação com uma implementação sustentada e em grande escala são um dos investimentos mais custo-efetivos na área da Saúde Pública”, insiste a associação. “Ao prevenir formas graves de doenças, permitem aliviar pressão nos Sistemas e nos orçamentos da Saúde, possibilitando a alocação de recursos para outras áreas e investir em inovação médica”, acrescenta.

Também citado no comunicado da Apifarma a propósito da Semana Europeia de Vacinação, o presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, Ricardo Mexia, refere que “as vacinas salvaram milhões de vidas e continuam a ser a forma mais segura e custo-efetiva de proteger as populações”. “É fundamental apostar no reforço dos programas de vacinação, incluindo comunicar de forma clara”, defende o especialista.

A indústria das vacinas é uma das áreas que lidera os processos de Investigação & Desenvolvimento (ID) na Europa, refere a Apifarma, sublinhando que esta atividade, que contribui para a descoberta de novas vacinas, é conduzida em 12 centros de investigação, localizados em oito países.