A Câmara Municipal do Porto gastou, em 2020, 15 vezes menos do que a de Lisboa durante a pandemia. O jornal Público pediu dados a cinco autarquias para perceber os esforços financeiros destas no combate à crise sanitária: Lisboa dedicou 6,7% do orçamento total (isto é, 77,7 milhões de euros) e o Porto gastou 1,78% (5,6 milhões de euros).

Sintra reservou quatro vezes mais do que o município encabeçado por Rui Moreira — do orçamento de aproximadamente 241 milhões (menos 74 milhões do que o Porto), esta câmara municipal destinou 20 milhões no combate à pandemia.

Vila Nova de Gaia foi o município com o orçamento mais reduzido tendo, ainda assim, despendido mais de 4,2 milhões de euros face à Covid-19, isto é, cerca de 2,11% do orçamento total (199,8 milhões de euros), também aí superior ao Porto. Ao jornal já citado, fonte da autarquia garante a Câmara do Porto gastou o dinheiro necessário no combate à Covid-19 e referiu os apoios do Estado nesse âmbito.

Do total gasto por estas cinco autarquias, em 2020, grande parte correspondeu à compra de equipamentos e serviços de saúde: Lisboa, por exemplo, gastou 18,7 milhões de euros na compra de material de proteção e de higiene, enquanto o Porto gastou 1,6 milhões (acresce a aquisição de ventiladores e material de rastreio e testagem).

Cascais e Sintra gastaram, considerando apenas a pasta da saúde, mais do que o Porto em todas as medidas de combate à Covid-19 — 8 milhões na compra de material à China, além de outros gastos normais, e 5,6 milhões, respetivamente. Vila Nova de Gaia alocou 3,4 milhões de euros — só em máscaras faciais gastou mais o que o do Porto em todas as medidas de saúde.

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