A Hunter, a startup portuguesa por detrás dos skates elétricos Hunter Board, angariou 570 mil euros de investimento, numa ronda liderada pela Shilling Founders Fund. Em comunicado, a empresa adianta que vai utilizar o montante para “aumentar a produção, contratar mais pessoas, lançar uma app e construir a marca nos EUA e na Europa”.

Hunter Board. A micromobilidade de luxo tem assinatura portuguesa e chega este sábado às ruas

Além do fundo de investimento da capital de risco portuguesa Shilling, esta ronda contou com “outros fundos portugueses e investidores nacionais e estrangeiros”. Ao todo, a Hunter já recebeu 720 mil euros. O último investimento ocorreu em dezembro de 2019, num total de 150 mil euros, pelas mãos da Olisipo Way e da Ideias Glaciares, que também participaram nesta ronda.

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Sobre este investimento, Pedro Santos Vieira, sócio gerente da Shilling Founders Fund, diz: “Adoramos a visão da Hunter para o futuro da micro-mobilidade e o que alcançaram numa quantidade tão curta de tempo”. Já Pedro Andrade, presidente executivo e cofundador da empresa, afirma: “O sucesso que temos experienciado nos últimos seis meses foi claramente a chave de sucesso para esta ronda”.

O principal produto da empresa, o Hunter Board, é feito de alumínio, pesa nove quilos e tem um sistema de suspensão para evitar quedas. O skate, que foi destacado pelo The Verge e pela Time, tem uma velocidade máxima de 55 km/h, 38 km de autonomia. Quando foi lançado em setembro de 2020, esgotou em apenas cinco dias. O veículo é totalmente desenhado e feito em Portugal. Os skates custam cerca 1.665 euros e podem ser pagos em prestações de 165 euros por mês sem juros.

Desde setembro, a Hunter afirma que já fez 250 mil euros em “vendas e reservas”, num total de “20 mercados”. Cerca de 85% são feitas nos EUA. “Estamos a oferecer aos fãs dos skates uma opção elétrica de micromobilidade que é altamente portátil, eficiente, confortável e que é também divertida de utilizar”.

Em setembro de 2020, Pedro Andrade, que anteriormente fundou empresas como a CraftWallet e que foi, juntamente com Miguel Morgado (também cofundador da Hunter), distinguido em abril pela Forbes, afirmou ao Observado que o plano da empresa passa pelos EUA, Austrália e o norte da Europa, principalmente do Reino Unido.

“Se apontássemos para o mercado português não compensava”, justificou na altura. “Um dos problemas das startups portuguesas é o tamanho do nosso mercado, que faz com que, desde o primeiro dia, tenhamos de ter um mindset [mentalidade] global”, disse.