A UEFA assegurou esta terça-feira que a “esmagadora maioria dos adeptos” dos finalistas da Liga dos Campeões de futebol, Chelsea e Manchester City, vai cumprir, no Porto, as restrições impostas para a contenção do novo coronavírus.
Os dois clubes ingleses vão defrontar-se no sábado, a partir das 20h00, no Estádio do Dragão, na final da edição de 2020/21 da “Champions”, que foi, novamente, transferida de Istambul, desta vez para o Porto, devido à pandemia de Covid-19.
O encontro vai ter uma lotação limitada a 16.500 espetadores, cerca de um terço do recinto “azul e branco”, com a sua ocupação a ser dividida entre os adeptos dos dois clubes, tendo ainda sido colocados à venda, na terça-feira, 1.700 ingressos para o público em geral.
Em comunicado, o organismo que rege o futebol europeu afirmou que “a esmagadora maioria dos adeptos dos dois clubes finalistas viajará através de voos ‘charter’ organizados, como foi acordado pela UEFA, pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e pelas autoridades portuguesas”.
Associado a isso, a UEFA dá conta da implementação de “um sistema de mobilidade abrangente e eficiente” para “acolher os adeptos no aeroporto e levá-los diretamente para os pontos de encontro dos fãs, aos quais só podem aceder adeptos munidos de prova de um resultado de teste (à Covid-19) negativo”.
Nestas zonas de fãs, com a colaboração da Câmara Municipal do Porto e investimento dos dois clubes, da UEFA e da FPF, haverá uma série de espaços com alimentação e bebidas, instalações sanitárias, postos de primeiros socorros e atividades organizadas pelos dois finalistas para entreter os adeptos ao longo do dia nos dois locais mais emblemáticos da cidade do Porto”, acrescentou.
Ainda de acordo com a UEFA, “os adeptos serão conduzidos desses pontos de encontro diretamente para o estádio, onde o acesso também só será concedido com prova de um teste negativo”.
Após a final, “os adeptos serão conduzidos diretamente para o aeroporto”, que, segundo o mesmo organismo, “garantiu que será capaz de acomodar os cerca de 100 horários adicionais para os voos que transportam os adeptos que chegam e partem em dia de jogo”.
“Estas medidas visam assegurar que tanto os adeptos visitantes como a população local possam ter um dia seguro e evitar, na medida do possível, o contacto entre ambos”, concluiu a UEFA.
Inicialmente marcado para Istambul, o encontro decisivo da principal competição europeia de clubes foi remarcado para o Porto, devido às restrições nas viagens entre Inglaterra e Turquia, tendo sido impostas exigências para assistir ao jogo, como a nominalização dos ingressos, a permanência de menos de 24 horas em Portugal e a testagem negativa à Covid-19.
“As pessoas que vierem à final da Liga dos Campeões virão e regressarão no mesmo dia, com teste feito, em situação de ‘bolha’, ou seja, em voos charter, com deslocações para uma zona de espera. Daí, irão para o estádio e, depois, para o aeroporto, estando em território nacional menos de 24 horas, numa permanência em ‘bolha’ e com testes obrigatórios, feitos, em princípio, antes de entrarem no avião”, explicou, em 13 de maio, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, após uma reunião do Conselho de Ministros.
O campeão inglês, de Rúben Dias, João Cancelo e Bernardo Silva, procura o primeiro título na competição, frente ao Chelsea, quarto na “Premier League” e vencedor da prova em 2011/12, no Estádio do Dragão, que esteve para ser o palco da Supertaça Europeia do ano passado, entretanto alterada para Budapeste, devido à pandemia de Covid-19.
A cidade do Porto e o Estádio do Dragão vão, assim, acolher a terceira final de uma Liga dos Campeões em Portugal e a segunda consecutiva, já que há pouco menos de um ano, precisamente por causa da crise mundial de saúde pública, a UEFA optou por realizar uma “final a oito” em Lisboa, nos estádios da Luz e José Alvalade.