Foi um “sucesso desportivo”. “Do ponto de vista económico, também terá sido positivo. Do ponto de vista sanitário, não sou a pessoa indicada para falar”. Em entrevista à RTP, o secretário de Estado do Desporto reagiu às críticas sobre a presença de adeptos na final da Liga dos Campeões, afirmando: “O evento de ontem não me preocupa minimamente comparado com as preocupações que já vivi”.
Também em entrevista, mas à SIC, João Paulo Rebelo defendeu que “não há incoerências”. “As pessoas percebem que são testes, que estamos a avaliar. Desta vez tivemos a oportunidade de fazer uma avaliação com um jogo desta natureza”, explicou, acrescentando:
Admito que haja muita gente interessada em ter público nos recintos desportivos. O próprio secretário de Estado tem interesse nessa matéria”, acrescentou.
O governante admitiu ainda a possibilidade de haver público nos estádios na próxima época: “Estamos a criar as condições para que efetivamente esse retorno possa ser feito o mais rapidamente possível. Tenho a esperança que a próxima época desportiva possa recomeçar com público nos recintos desportivos”.
Sindicato da PSP diz que decisores políticos devem “assumir responsabilidades” e não os polícias
O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia defende que “quem tomou as decisões políticas que tiveram estas implicações no terreno” é que deve “assumir responsabilidades”. E não os polícias: “Obviamente que não foram os polícias no local” que “agiram de forma a evitar situações de mais conflito”, diz.
“Tenho algumas dúvidas em perceber se o nosso país tem capacidade de organizar um qualquer evento, qualquer cimeira, sem recurso ao sacrifício dos polícias”, disse Paulo Santos em entrevista à SIC.
O dirigente sindical aproveitou ainda para criticar que “40% do efetivo policial está por vacinar, tendo em conta estes eventos” e que “os polícias só são testados quando há eventos”.