A cantora, apresentadora e atriz italiana Raffaella Carrà morreu de doença prolongada esta segunda-feira aos 78 anos, avança a agência noticiosa ANSA que cita fontes familiares.

“A Rafaella deixou-nos. Foi para um mundo melhor, onde a sua humanidade, o seu riso inconfundível e o seu extraordinário talento ficarão para sempre”, lê-se em comunicado publicado pelo ex-companheiro Sergio Japino, que a recorda como uma “mulher fora do comum mas dotada de uma simplicidade surpreendente”.

“Desde algum tempo, a doença que atacava o seu corpo, tão diminuto mas também cheio de energia transbordante”, lembra Sergio Japino, que destaca a sua “força imparável, que a colocou em cima do sistema estelar mundial, e uma vontade de ferro que nunca a abandonou até ao final, assegurando-se de que nada do seu profundo sofrimento se perdesse”.

Raffaella Carrà nasceu em 1943, em Bolonha e mudou-se para Roma quando tinha dez anos. Estudou interpretação e saltou para a ribalta após participar numa peça de teatro em Barcelona, em 1965, no Festival de Prosa Latina. Após ter andado em Espanha por digressão, ficou muito conhecida em no país e também na América Latina.

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Em 1970, é escolhida para apresentar o programa Canzonissima na RAI — televisão pública italiana –, tendo ficado famosa pelas suas roupas provocadoras, onde mostrava o umbigo. A sua presença no pequeno ecrã prolongou-se durante anos, mas Raffaella Carrà também trilhou um caminho de sucesso na música, com 25 álbuns e mais de 60 milhões de discos vendidos, tendo interpretado êxitos como “En El Amor Todo Es Empezar”, “Que Dolor”, “Hay que venir al sur”, “A far l’amore comincia tu”, “Tanti Auguri” e “Caliente, caliente”.

Raffaella Carrà decidiu abandonar os palcos em 2016, mas manteve-se na produção de alguns programas televisivos.