O Governo guineense voltou a entregar ao consórcio de empresas portuguesas a gestão da empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB), anunciou segunda-feira o secretário de Estado do Tesouro, Ilídio Vieira Té.

“Podemos garantir que deixamos a EAGB de uma forma mais saudável e rentável. É bom que a população tenha conhecimento que desde dia 1 os ministérios das Finanças e da Energia, neste caso, fez a transferência da gestão da EAGB para o consórcio português. Desde o dia 1 a responsabilidade é do consórcio”, afirmou, em conferência de imprensa, o secretário de Estado do Tesouro.

O consórcio constituído pela EDP, a Águas de Portugal (AdP) e a Leadership Business Consulting (LBC) assumiu a gestão da EAGB, com base num contrato apoiado financeiramente pelo Banco Mundial no valor de 3,9 milhões de euros, mas em março de 2020, abandonou a Guiné-Bissau devido à pandemia. Já em junho, o Governo guineense decidiu suspender temporariamente o contrato de gestão e nomear o diretor-geral do Tesouro guineense, Mamadu Baldé, diretor-geral da EAGB.

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Mamadu Baldé explicou que durante a sua direção a EAGB liquidou as dívidas existentes à Karpower, empresa que detém a central elétrica flutuante que abastece Bissau com luz elétrica, pagou regularmente os salários, bem como parte dos atrasados, regularizou a situação dos trabalhadores junto à Segurança Social, reestruturou a dívida da empresa à banca e estendeu a rede de fornecimento de eletricidade a Safim, entre outras.

Ilídio Vieira Té afirmou também que as autoridades guineenses cumpriram com a missão e que espera “que o consórcio siga a senda de manter o ritmo deixado pelo cessante diretor-geral para que não haja mais cortes cíclicos de energia elétrica em Bissau”.

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