Depois de terem sido cancelados 242 voos no Aeroporto de Lisboa no sábado, este domingo já foram cancelados 321 (155 chegadas e 155 partidas) dos 515 voos previstos no aeroporto da capital — o que significa que mais de metade dos voos foram cancelados. De acordo com a ANA — Aeroportos de Portugal a greve da Groundforce levou também ao cancelamento de 37 voos no Porto, 7 em Faro, 6 na Madeira e 6 em Porto Santo. Há já um total de 377 voos cancelados só este domingo.
No comunicado enviado às redações, a ANA — Aeroportos de Portugal reafirma que “o Terminal 2 e as companhias que operam com outra assistência em escala, que não a Groundforce, não têm impacto na sua operação”. A empresa acrescenta ainda que continuará “a fazer tudo o que está ao alcance para retomar uma progressiva normalização, o mais breve possível, e reduzir os constrangimentos causados aos passageiros,”.
Já este domingo de manhã, A ANA Aeroportos de Portugal adiantava que dos 511 voos previstos para o aeroporto de Lisboa estão cancelados, até ao momento, 301 voos (160 chegadas e 141 partidas) e previstos serem operados 210 (102 chegadas e 108 partidas). A ANA solicitou ainda aos passageiros com voo marcado que se informem sobre o estado do mesmo, antes de se deslocarem para o aeroporto.
“Toda a nossa operação foi significativamente afetada. Hoje não tivemos alternativa senão cancelar quase todos os nossos voos. Para amanhã [domingo], são esperados cancelamentos e atrasos semelhantes nas operações da TAP, sobretudo no aeroporto de Lisboa”, esclarecia ainda sábado Christine Ourmières-Widener, numa carta enviada aos trabalhadores da transportadora a que a Lusa teve acesso.
Segundo a CEO da TAP, a greve dos trabalhadores da empresa de `handling´ “teve impacto na operação da TAP, sobretudo no aeroporto de Lisboa”, uma situação que “afetou todos os clientes com reservas para este fim de semana e todos os colegas que trabalharam hoje incansavelmente para gerir toda esta situação”.
Depois de salientar o “notável esforço da equipa TAP para se adaptar às circunstâncias adversas e inesperadas”, Christine Ourmières-Widener adiantou na mesma carta que, a partir de sexta-feira, foi ativado o plano de contingência de resposta ao cliente para “proteger e notificar diretamente todos os passageiros”.
“Também recomendamos que os clientes cujos voos estão a ser impactados pela greve privilegiem as ferramentas de self service online da companhia, tais como o Manage Your Booking, que permite consultar e alterar a proteção realizada, e o Flight Info Tool, que fornece dados em tempo real de partidas e chegadas, permitindo reduzir o número de chamadas no ‘call center’ sobre pedidos de informação referentes aos voos”, referiu a presidente executiva.
Além disso, de acordo com Christine Ourmières-Widener, a TAP criou, em exclusivo para esta greve, uma página no site na internet da companhia com instruções em caso de dificuldades de voo e de bagagem.
Artigo atualizado às 19h16 deste domingo