O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos anunciou esta segunda-feira, em Rio Maior, que vai exigir ao Governo a criação de um acelerador do desconfinamento, que a partir de agosto funcione como um passaporte dos portugueses para a normalidade.

“Vou exigir a António Costa que crie um acelerador do desconfinamento, a começar no mês de agosto, que seja um passaporte dos portugueses para a sua vida com normalidade, para que conquistem o direito a viver em liberdade“, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos, em Rio Maior, no distrito de Santarém, onde elencou as “três exigências” para que vai lançar ao Governo.

A proposta do líder do CDS-PP é que António Costa possa começar “por alargar os horários da restauração e da hotelaria“, deixando de exigir o teste [à Covid-19], medida que considera “absolutamente ineficaz”, bem como que “possa reabrir os bares e discotecas, utilizando modelos que estão a ser implementados noutros países da Europa e que são absolutamente seguros”.

Esta é uma de três exigências dirigidas ao Primeiro-Ministro que Francisco Rodrigues dos Santos vai, na terça-feira, transmitir ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no âmbito das reuniões que está a promover com todos os partidos.

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No entender do CDS-PP “o Governo há muito tempo que quebrou o consenso social e político no combate à pandemia porque deixou de dialogar com os partidos políticos e porque suspendeu e embargou as reuniões do Infarmed”.

No discurso criticou o Governo por “continuar a utilizar a fórmula das outras vagas para umas circunstâncias completamente diferentes”, acusando-o de “repescar medidas restritivas que faziam sentido há um ano atrás, mas que já são absolutamente desproporcionais e razoáveis para as circunstâncias da pandemia nos dias de hoje”.

Por isso o presidente do CDS-PP vai exigir a António Costa que “corrija imediatamente esta matriz de risco para ser adequada ao perigo real da doença” em Portugal e que passe “a incorporar o número de Cuidados Intensivos e internamentos, mas também a percentagem da população vacinada”.

E a terceira exigência, anunciou, será que Costa “previna e prepare o país para dar uma resposta médica adequada” à pandemia.

E para isso, explicou, “é necessário preparar Serviço Nacional de Saúde (SNS), “aumentando a capacidade instalada ao nível de cuidados intensivos e internamentos, mas também permitindo a todos os outros doentes que tenham livre acesso ao setor particular e social quando o SNS não for capaz de dar uma resposta”.

Francisco Rodrigues dos Santos discursava em Rio Maior, durante a apresentação do atual presidente da Câmara, Filipe Santana Dias, como cabeça de lista da coligação “juntos pelo Futuro”, que integra o PSD e o CDS-PP, às eleições de 26 de setembro.