O Ministério das Finanças mostrou-se esta sexta-feira confiante relativamente à superação da previsão de um crescimento económico de 4% este ano, depois de conhecidos os números do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre.

“Portugal atinge o nível mais alto do PIB desde o início da pandemia, o que confirma a forte retoma económica em Portugal e a perspetiva de que com o avanço da vacinação e o controlo da situação pandémica, seja possível ultrapassarmos a estimativa de crescimento de 4% apresentada no Programa de Estabilidade”, pode ler-se num comunicado enviado esta sexta-feira pelas Finanças às redações.

O ministério liderado por João Leão reagia assim aos números do PIB divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), um crescimento de 4,9% no segundo trimestre face ao primeiro, e de 15,5% face ao mesmo período do ano passado. No comunicado é realçado que Portugal “regista o maior crescimento económico das últimas décadas”, o “mais elevado nas séries trimestrais disponíveis”.

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“Face ao trimestre anterior, Portugal apresentou um crescimento de 4,9%, mais do que compensando a queda do PIB provocada pela pandemia no primeiro trimestre do ano”, pode ainda ler-se no texto. As Finanças realçam ainda que o crescimento português no segundo trimestre, tanto homólogo como em cadeia, “situam-se consideravelmente acima das médias da Zona Euro e da UE, sinalizando a retoma do processo de convergência interrompido durante a pandemia”.

“Após uma queda acima da média no primeiro trimestre (-3,2% em cadeia), devido ao confinamento provocado pela pandemia, Portugal apresenta, no segundo trimestre, à data de hoje, a taxa de crescimento mais elevada (4,9%) entre os países da UE, tais como Alemanha (1,5%), Espanha (2,8%), França (0,9%) ou Itália (2,7%)”, realça o comunicado do Ministério das Finanças.

O ministro de Estado e das Finanças, João Leão, já tinha apontado para um crescimento da economia portuguesa superior a 4% para este ano, acima do previsto no Programa de Estabilidade (4%). O Conselho das Finanças Públicas (CFP) aponta para um crescimento de 3,3%, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) espera 3,7%, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Comissão Europeia 3,9% e o Banco de Portugal 4,8%.