É uma estreia absoluta e um sonho tornado realidade para Jessica Springsteen, filha do Boss, que representará a equipa dos Estados Unidos na próxima semana nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Naquela que é a prova de fogo, a cavaleira estará com o seu fiel companheiro de nome pomposo, Don Juan van de Donkhoeve, naquela que é “a maior das honras” e o seu sonho desde que tinha 4 anos e montava um pónei em Nova Jérsia.
“Ao longo da minha carreira, representar o meu país tem sido o meu objetivo e, portanto, fazer isso nos Jogo Olímpicos é uma grande honra. Não poderia estar mais animada”, revelou a profissional equestre de 29 anos numa entrevista à revista People, divulgada este sábado. Jessica, que estava antes em 27.º, está agora posicionada em 14.º lugar no ranking internacional de hipismo.
A filha de Bruce Springsteen admite que o adiamento dos Jogos de 2020 para 2021 teve um ponto positivo: mais tempo. E mais tempo significa mais treino. “Como atletas, precisamos ser moldáveis e aprender a avançar. Tentei ficar o mais focada que pude no meu objetivo”, diz. “Aproveitei o ano extra para continuar a treinar e a desenvolver a minha relação com Don e acho que isso nos tornou mais fortes para este ano”.
Don Juan van de Donkhoeve, um sangue quente belga de 12 anos, é fundamental numa relação pode ser decisiva nas competições, sobretudo no salto de obstáculos, mas Jessica admite que o “clique” entre ela e Don foi imediato. “A relação que tens com o teu cavalo é tudo e com Don eu tenho uma relação muito, muito forte”, explica Springsteen à People. “Às vezes montas um cavalo e pode levar muito tempo para criar uma ligação, para nos conhecermos, mas com ele foi rápido e temos sido capazes de desenvolver isso desde então. Definitivamente, temos muita confiança um no outro”. E diz mais: “não haveria outro cavalo com o qual eu quisesse vir aos Jogos Olímpicos. Ele é corajoso e muito competitivo”.
“No nosso desporto, o timing é tudo. É preciso ter o parceiro certo no momento certo para sermos considerados por equipas como esta”, diz Jessica sobre o nível olímpico. “Então, quando o montei pela primeira vez, foi um dos momentos em que eu estava tipo ‘oh meu Deus, ele parece um cavalo que eu poderia levar aos Jogos Olímpicos’, parece que tudo se alinhou para nós”.
Para dar sorte à competição, Jessica não deixa de parte os amuletos da sorte e levou um colar que a sua avó lhe deu quando tinha 18 anos, que usa sempre que tem um grande evento. Além disso, a sua equipa encontrou alguns trevos de quatro folhas nos campos de pastagem dos cavalos e que “certamente” usará no bolso do casaco “para trazer sorte extra”.
Devido às restrições de público impostas pela organização dos Jogos, os pais, Bruce Springsteen e Patti Scialfa, não poderão assistir ao vivo à competição, mas certamente que as televisões vão estar ligadas na hora da prova. Jessica admite mesmo que a família “se envolveu muito com este desporto” e que se tornou “numa grande paixão para eles”. Jessica admite que foram os seus pais os grandes impulsionadores para que ela competisse, ainda em pequena até, quando apenas montava póneis.
Alguns membros do grupo de fãs de Bruce Springsteen no Japão — formado através do Facebook — mostraram alargar o fanatismo também à sua filha e têm-se reunido junto ao parque equestre em Tóquio para apoiar Jessica com t-shirts e mensagens de encorajamento para a prova.
Jessica vai começar a competir na terça-feira, 3 de agosto, no local do evento, com os seus companheiros Kent Farrington, Laura Kraut e McLain Ward, que representam a equipa dos Estados Unidos da América.