O advogado dos quatro portugueses acusados por duas mulheres de violação, em Gijón, Espanha, acredita que a “denúncia é falsa”. Em entrevista ao jornal Expresso, Germán Inclán diz que os seus clientes — homens com idades entre os 20 e os 30 anos — “reconhecem que houve consentimento em todos os momentos para as relações sexuais”. Em causa, assegura, estão “alguns momentos concretos”.

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Inclán diz que são “momentos pontuais” e que dizem respeito a “determinadas práticas sexuais“. “Não posso especificar mais. No interrogatório que levámos a cabo houve contradições e estamos convencidos de que não houve qualquer tipo de violação ou agressão sexual”, assegurou.

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“Pode ter havido um determinado momento em que elas quiseram parar ou fazer outra coisa mas isso não é violação. É diferente estar numa relação sexual com alguém que é tosco ou tem falta de jeito”, diz ainda, referindo também que só três dos homens tiveram relações sexuais.

No final de julho, foi determinado que dois dos quatro portugueses detidos por alegada violação a duas jovens espanholas de 22 e 24 anos ficariam em prisão preventiva, tal como o Ministério Público espanhol tinha pedido. Os outros dois estão a aguardar julgamento em liberdade em Portugal. Agora, em entrevista, Germán Inclán insiste na inocência dos seus clientes e afiança que vai processar as alegadas vítimas, e recorrer a todos os mecanismos legais contra os “políticos que fizeram declarações condenatórias, que consideramos que vulnerabilizam os direitos fundamentais destes homens”.

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Considerando as diferentes medidas de coação, o advogado de defesa explica que o contacto aconteceu “ao longo de duas horas” e que, durante esse tempo, o comportamento dos envolvidos não foi sempre o mesmo. O advogado refere ainda alegadas agressões físicas sofridas pelas duas jovens, nas costas, nádegas e na cara, embora os médicos não tenham encontrado “qualquer marca desta natureza”. E lembra a existência de um vídeo onde os intervenientes mostram “atitudes e comportamentos carinhosos”, o qual, já reconhecido pelas alegadas vítimas, foi gravado antes de terem saído voluntariamente do quarto de hotel.

Se condenados, os portugueses podem enfrentar penas até 15 anos de prisão.