A Tesla está a lidar com um problema chamado 4680. São as novas células das baterias que o fabricante concebeu de forma inovadora, para garantir cinco vezes mais energia, 16% mais autonomia e seis vezes mais potência. Sucede que o arranque da produção tem sido mais complicado do que antecipado, o que já levou ao atraso do Model S Plaid, a fabricar em Fremont, e do Semi e da Cybertruck, a produzir no Texas.

Apresentada em 2019, a Cybertruck prometeu desde logo três versões, além de transportar seis adultos. A versão mais acessível (39.900 dólares, cerca de 34.000€), contará apenas com um motor atrás e anuncia 177 km/h de velocidade máxima, 0-100 km/h em 6,5 segundos e uma autonomia de 402 km. Será completada por uma versão intermédia (49.900 dólares, 42.500€) já com dois motores e 4×4 (193 km/h, 0-100 km/h em 4,5 segundos e 483 km de autonomia). Quanto ao topo de gama, manterá a tracção 4×4 (69.900 dólares, 59.500€), mas recorrerá a três motores (dois dos quais atrás), sendo capaz de chegar aos 96,5 km/h ao fim de apenas 2,9 segundos e garantir uma autonomia de 800 km.

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Os preços são extremamente competitivos, a autonomia também, sobretudo para um veículo que tem de ser particularmente pesado, mas todo este cocktail só será possível com as novas células 4680, tanto mais que a Tesla conta com elas para o pack estrutural que já concebeu e aqui não há forma de fazer marcha-atrás.

As células já existem, a química nova funciona, pelo que parece que a dificuldade está na industrialização em massa, pois uma coisa é fazer uma célula, outra diferente é produzir uns milhares por dia. Como é óbvio que todos os modelos da marca vão, em breve, recorrer às 4680, tudo indica que vai ser preciso esperar mais uns meses. No caso da Cybertruck, até 2022, sem que a Tesla especifique a altura do ano em que vai surgir a pick-up fabricada no aço inoxidável similar ao utilizado no foguetão Starship, com o chassi e a carroçaria unidos num só.

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