Para muitas aldeias no interior de Portugal, agosto é, habitualmente, sinónimo de um regresso à vida. Não são só as temperaturas mais altas que marcam este mês. Com elas, vêm também milhares de emigrantes que aproveitam a altura das férias para um regresso às origens, de norte a sul do país.
As estradas enchem-se de antigos filhos da terra que anseiam pelo momento em que poderão finalmente reunir-se com a sua família, acompanhados pela nova família nuclear. É altura de mostrar aos filhos, já nascidos noutros países, as tradições, costumes e paisagens das suas origens.
Depois de meses de solidão, as aldeias vestem-se a rigor para os receber. Nas ruas, cores, sons e cheiros marcam dias de festa intensa. Celebram-se missas especiais e, à noite, nos recintos de festa locais, a população e os filhos entretanto regressados juntam-se para muita dança ao som de música popular portuguesa tocada ao vivo, comida e alegria.
Visitar estas aldeias de interior durante o resto do ano dá-lhe a oportunidade de conhecer com maior tranquilidade os seus costumes e tradições, mas uma visita durante o verão mostrar-lhe um lado totalmente diferente, repleto de vida e uma maior abertura. Porém, este ano, infelizmente, por razões associadas à pandemia que ainda atravessamos, as festas populares locais não vão ser uma realidade.
Se, no entanto, o mar for um elemento que não dispensa nas suas férias de verão, ficará satisfeito por saber que existem vários destinos de aldeia em Portugal que juntam o melhor de dois mundos: o mar e o campo. Entre as várias opções disponíveis, destacamos 3, todas localizadas na região do Alentejo. Se não as conhece, está na hora de o fazer.
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Aldeia de Porto Covo, Sines
Logo a seguir à lindíssima Praia de São Torpes, perto de Sines, encontra uma aldeia cuja crescente popularidade nos últimos anos não surpreende. Encaixada entre a Serra do Cercal e as refrescantes águas do Oceano Atlântico, a aldeia de Porto Covo atrai anualmente vários visitantes que não resistem à sua tranquilidade típica alentejana e às praias de beleza inquestionável.
Quando no inverno, o mar agitado não permitia que os seus habitantes se dedicassem à pesca, estes recorriam à exploração da terra, colhendo os seus frutos para garantirem a sua sobrevivência económica. É esta perfeita sinergia entre campo e mar que apela a tantos portugueses todos os anos.
O Largo Marquês de Pombal, com as típicas casas caiadas alentejanas decoradas com barras azuis, apresenta-se como a porta de entrada de Porto Covo.
Um passeio pelas ruas levá-lo-á sempre até ao Oceano Atlântico, que o espera com as suas águas azuis. Praias, como a Praia Grande ou a Praia da Samouqueira, marcadas pelos seus areais dourados e pelas imponentes falésias que os limitam, são garantia de momentos bem passados à beira-mar.
Da Praia da Ilha do Pessegueiro, avista a pequena ilha que lhe dá o nome e que poderá visitar para descobrir os vestígios de uma antiga construção que data da época da ocupação romana.
Aldeia da Zambujeira do Mar, Odemira
Seguindo rumo a sul pela costa alentejana, encontrar a segunda aldeia desta lista: a Zambujeira do Mar. Tal como Porto Covo, o mar e o campo marcam a paisagem desta aldeia alentejana do concelho de Odemira. A pequena dimensão do seu aglomerado urbano não é de todo proporcional à beleza das suas paisagens naturais, marcadas pelo azul do Oceano Atlântico e pela vastidão da planície alentejana.
O pequeno comércio, a agricultura e a pesca são as principais fontes de rendimento da população local, que, no verão, se vê temporariamente “invadida” pelas multidões que aqui acorrem durante alguns dias para o popular Festival de Música (em tempos não pandémicos), que decorre na Herdade da Casa Branca.
Fora destes dias mais animados, a Zambujeira do Mar encanta quem a visita com a sua simplicidade natural e pela beleza e tranquilidade de locais, como a Praia da Amália, a Praia dos Machados ou a Praia dos Alteirinhos. Para os amantes de caminhadas ou de passeios de bicicleta, os trilhos da Rota Vicentina serão, sem dúvida, um grande apelativo.
Aldeia de Melides, Grândola
As suas origens remontam ao século XVI, altura em chegou a ser referida na obra “Peregrinação”, de Fernão Mendes Pinto. A aldeia de Melides, pertencente ao concelho de Grândola, uma das portas de entrada no Alentejo a pouco mais de 1 hora de distância de Lisboa, é uma pequena grande joia para todos aqueles que procuram um destino de férias que junte história, praia e campo.
Um passeio pelo centro de Melides revelará vários edifícios datados do século XVIII e XIX, ruínas de velhas igrejas — como as das Igrejas de Santa Marinha e de São Pedro, construídas entre os séculos XV e XVII — e uma olaria cujo forno apresenta características romanas.
Para uma viagem ainda mais atrás no tempo, nada como uma visita ao fascinante Dólmen da Pedra Branca e à Necrópole de Cistas das Casas Velhas, ambos em Vale Figueira.
A envolvente paisagística de Melides não poderia ser mais encantadora: praias de areais brancos extensos, como a Praia da Galé, a Praia da Aberta Nova ou a Praia da Vigia e a Lagoa de Melides, habitat natural para uma larga variedade de espécies animais, são alguns dos locais a não perder por todos aqueles para quem a tranquilidade e o sossego valem ouro.
Estas são apenas 3 sugestões de aldeias que, devido à sua localização privilegiada entre o mar e o campo, se apresentam como destinos ideais para as suas tão esperadas férias de verão. Muitas mais o esperam, espalhadas de norte a sul de Portugal. Tudo o que terá de fazer é partir à descoberta, num carro que se adapte ao que precisa — como os que estão à venda em Piscapisca.pt.
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