O Valkyrie com carroçaria fechada já é um dos hiperdesportivos mais exuberantes, com um impressionante motor V12 atmosférico de 1014 cv concebido pela Cosworth, ajudado por uma unidade eléctrica que fornece mais 162 cv, através de um sistema KERS similar à solução híbrida utilizada pelos Fórmula 1 actuais. Mas todos os 150 Valkyrie coupé já têm dono, bem como os 25 AMR Pro, homologados apenas para pista e destinados à competição.
Face ao sucesso destas duas versões, a Aston Martin avançou para o Valkyrie Spider, que passa de aberto a fechado com facilidade, graças à possibilidade de retirar o painel superior do tejadilho. Além de poder exibir a configuração aberta ou fechada, o Valkyrie Spider abre mão das portas em borboleta, surgindo em seu lugar duas portas que abrem verticalmente, suportadas pelas dobradiças colocadas à frente.
Aberto ao fechado, implica algumas limitações para o utilizador do Spider, que é de longe o descapotável mais rápido alguma vez fabricado pela Aston Martin. Só que o turbilhão aerodinâmico provocado pela ausência do tejadilho, quando circula em modo aberto, prejudica à apurada eficiência do hiperdesportivo – ou não fosse ele desenhado por Adrian Newey, o mago dos F1 da Red Bull –, roubando-lhe 20 km/h e limitando-lhe a velocidade máxima a “apenas” 330 km/h. Mas basta colocar o tejadilho no seu lugar para que o Spider volte a permitir rodar a 350 km/h.
O Valkyrie Spider será mostrado numa sessão privada durante a Monterey Car Week, em Pebble Beach, para aliciar potenciais clientes que, se não ficarem cativados pelo facto de poderem rodar bem acima dos 300 km/h de cabelos ao vento, vão certamente ficar deliciados pela estética do modelo. Já para não mencionar o seu potencial para rodar em circuito a ritmos que, calcula a Aston Martin, não andam longe dos alcançados pelos LMP1 que vencem em Le Mans.