O Papa considerou que a “hipocrisia da igreja” é “particularmente detestável” e lamentou que haja “muitos cristãos e muitos ministros hipócritas”.
O pontífice dedicou a catequese desta quarta-feira, durante a audiência geral realizada na aula Paulo VI, ao “comportamento reprovável” que é a hipocrisia e que se encontra tanto “no local de trabalho como em políticos que vivem de uma forma em público e de outra em privado”.
Perante várias centenas de fiéis que assistiram à audiência, com máscara, mas sem guardar distância de segurança para prevenir o contágio de Covid-19, Francisco admitiu que infelizmente há “hipocrisia na igreja” e que há “muitos cristãos e muitos ministros hipócritas”.
De acordo com o Papa, quando se age de outra forma que não seja com verdade está-se a “por em risco a unidade da igreja”.
“Que o teu discurso seja sim ou não, porque de outra forma vem do maligno”, acrescentou.
“Há muitas situações nas quais se pode verificar a hipocrisia. Frequentemente esconde-se no local de trabalho, onde se trata de aparentar amizade com os colegas, enquanto a competição leva a golpeá-los pelas costas. Na política não é incomum encontrar hipócritas que vivem um desdobramento entre o público e o privado”, explicou.
O Papa definiu a hipocrisia como “o medo de dizer abertamente a verdade, fingir ou aparentar fazer o bem aos olhos dos outros”, e pediu ao “Senhor” ajuda para os seres humanos serem coerentes, deixarem-se de confrontos e combaterem com coragem tudo o que os afasta da verdade e da fé que professam.