Macau inaugurou esta quarta-feira um novo posto fronteiriço, com capacidade diária para 200 mil pessoas, uma obra de quatro mil milhões de patacas (422 milhões de euros), que reforça a integração regional, disse o chefe do Governo.
Durante a cerimónia, Ho Iat Seng destacou a importância do novo posto fronteiriço Qingmao no âmbito da conectividade com a rede de transporte rápido na Grande Baía, um projeto de Pequim de criar uma região que reúne as regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong, bem como de nove cidades da província vizinha de Guangadong.
A nova infraestrutura é o quinto posto fronteiriço terrestre entre Macau e a cidade de Zhuhai, da província de Guangdong, com a qual se pretende aliviar a pressão nas restantes, sobretudo naquela que regista maior procura, as Portas do Cerco.
Na zona norte da cidade, a 800 metros de distância das Portas do Cerco, Qingmao vai funcionar 24 horas por dia e servir “para a passagem fronteiriça automática com 100 canais de passagem de inspeção integral rápida” e mais quatro passagens de inspeção manual, sem corredores para veículos.
O novo acesso fronteiriço Guangdong-Macau destina-se “à entrada e à saída dos residentes do interior da China, Hong Kong e Macau que usam documentos eletrónicos” para facilitar uma passagem com “rapidez e segurança”, segundo as autoridades.
Em maio de 2012, Guangdong e Macau assinaram o acordo-quadro de cooperação sobre o projeto do novo acesso entre Guangdong e Macau, e, em abril de 2017, o Conselho de Estado chinês aprovou, formalmente, o projeto. As obras principais arrancaram, no início de 2018, tendo sido concluída, em maio, a construção do edifício.
Macau tem sete postos fronteiriços com a China e a região administrativa especial de Hong Kong, sendo que o maior volume de tráfego é registado entre Gongbei, em Zhuhai, e as Portas do Cerco, na zona norte do território.
Dos 5,8 milhões de visitantes que passaram por Macau em 2020, 3,8 milhões utilizaram o posto fronteiriço das Portas do Cerco.